Paulo Franke

05 maio, 2007

Gostei da TURQUIA e de seus muitos LOCAIS BÍBLICOS!

Três principais razões porque gostei da Turquia, abaixo deste set de fotos de Alanya e Side, tiradas em minha primeira viagem, em maio de 2006.













1 – Porque é um país belíssimo.
Embora o conheça de ter ido a somente duas cidades turísticas, Alanya (em maio de 2006) e Marmaris (em abril de 2007), ao sul e ao oeste do país, respectivamente, deliciei-me ao ver altas montanhas, algumas com os picos cobertos de neve, o azul-esverdeado dos mares Mediterrâneo e Egeu e tantos outros lugares que são verdadeiros espetáculos aos olhos de quem gosta de viajar.
Turistas, principalmente de países europeus, são atraídos, há algumas décadas, sequiosos por suas praias ensolaradas e interessados pelas marcas de antigas civilizacões, trazidas à superficie constantemente pelas incessantes escavações arqueológicas. Situado quase que totalmente na Ásia, é considerado um país exótico, mas a modernidade também se faz presente através de suas ruas e jardins, carros, prédios, hotéis, restaurantes, shopping centers (raros e pequenos), do vestuário das pessoas e mesmo de alguns de seus costumes.

2 – Porque o povo é ultra amigável e acolhedor.
Há, naturalmente, os que com isso visam somente vender seus produtos em suas lojas e nos típicos mercados turcos, sendo que o turismo é umas das fontes importantes na economia do país. No entanto, conversam facilmente com desconhecidos mostrando sinceramente grande interesse por seus países de origem. ”My friend” é como tratam os turistas, de forma simpática e atenciosa, conquistando com isso a muitos que visitam o país ano após ano em suas férias, quem sabe buscando mais do que o calor que o sol proporciona.
Muitos se aproximavam de mim falando turco, pois meu rosto de homem mediterrâneo pode ser típico de qualquer país banhado pelo grande mar (o mesmo aconteceu em Israel ao falarem comigo em hebraico!) . Mas ao saberem que sou brasileiro (inclusive pelas camisetas que sempre visto), nas duas cidades onde visitei havia especial curiosidade ligada aos brasileiros que jogam em times de futebol na capital Istambul.
”Você é o primeiro brasileiro que encontro na minha vida!”, ouvi em algumas ocasiões. Um rapaz em Alanya pediu-me educadamente para ”provar” que era mesmo do Brasil, mostrando a capa de meu passaporte. Constatada a minha nacionalidade, um anúncio em alta voz aos seus amigos e um forte abraco! A semelhança do turco com o brasileiro de regiões mais quentes (em ambos os sentidos) é bem marcante. As mulheres, entretanto, mesmo as trajadas de forma mais moderna, parecem reservadas. A mulher muçulmana, se está atendendo em uma loja, ao aproximar-se um homem para comprar algo, chama o marido para atendê-lo. Posso estar generalizando com o comentário, uma vez que o meu total de dias no país, em duas vezes, soma a somente duas semanas.

Nunca me esquecerei da surpresa estampada no rosto de um rapaz muçulmano - dono de um bom inglês e de uma boa cultura - com quem conversei à beira-mar, ao saber que existem ”cristãos e cristãos”... Julgava ele, como outros muçulmanos, que eram cristãs as jovens européias que vão continuamente ao país em busca de namoro-por-uma-semana ou as mulheres de todas as idades que nas praias turcas aderem ao topless, e mesmo os homens europeus que bebem sem controle .”Algumas declaram que não crêem em Deus, e como pode ser isso?”, acrescentou. Expliquei-lhe que cristãos autênticos são sinceros, fiéis, dão um bom testemunho através de sua fé e conduta e que jamais teriam tal comportamento, acrescentando que pelo fato de um país ter o catolicismo ou o protestantismo como religião oficial não significa serem todos os seus habitantes cristãos - são meramente cristãos nominais e não verdadeiros seguidores de Jesus Cristo e de Seus ensinamentos.
O rapaz continuava surpreso, pois sempre observara ou ouvira algo diferente. Em dado momento, no entanto, concordou que o mesmo acontece com os muçulmanos. ”Acho que você é o primeiro cristão que de fato conheço e nunca me esquecerei do que me esclareceu!”. Com essas palavras e com um forte abraço, despedimo-nos enquanto o sol se punha atrás das montanhas. Era o meu último dia na Turquia, ”país aonde é impossível ir só uma vez”, concordo.

3 – Porque na moderna Turquia situam-se grande parte dos lugares citados no Novo Testamento.
Na primeira vez em que lá estive, aterrissamos no aeroporto da cidade de Antalya, citada pelo Apóstolo Paulo (Atalia), e visitei a bíblica Perge, na Panfília, atual Side, em uma excursão de um só dia. No caminho para lá lia placas indicando direções para Listra, Derbe, Icônio e outras mais, que infelizmente não houve tempo para visitar.
Nesta visita a Marmaris planejei visitar as cidades romanas de Éfeso e Hierápolis, o que aconteceu em uma excursão de dois dias, cumprindo-se um antigo sonho meu. Ali o Apóstolo Paulo viveu e visitou em suas viagens missionárias, implantando com coragem a igreja cristã de Éfeso, tida como uma das cidades mais importantes do império romano. Ali também enfrentou os adoradores da deusa Diana, nome romano para Artemis, em grego.
A guia turca da excursão narrava tanto aspectos daquela que era uma das mais importantes cidades da Antiguidade como também da influência do Cristianismo pela ação de Paulo. Era também uma cidade pecaminosa ao extremo, apesar de ocupar um papel significativo na ciência, cultura e artes. ”As ruínas de igrejas cristãs e as muitas cruzes que decoravam as tumbas nos cemitérios de Éfeso atestam o quão completa foi a vitória do Cristianismo sobre a adoração de Diana”, menciona um comentário bíblico. O anfiteatro com capacidade para 25 mil pessoas foi visitado e a guia turística não omitiu o feito corajoso de Paulo, que foi a denúncia aos que faziam comércio em torno da deusa.

Éfeso é também ligada ao apóstolo João e tida como a última cidade onde viveu Maria, a mãe de Jesus, igreja e locais a 7km não incluídos na excursão. A parte continental é turca e as ilhas do mar Egeu, ainda que praticamente vizinhas, pertencem à Grécia. Bem próxima à cidade de Éfeso está a ilha de Patmos, que visitei em 2001 (fotos em breve neste blog). A viagem de Éfeso para Patmos, lugar de sua prisão, foi de fato uma curta distância percorrida pelo apóstolo que na ilha teve a visão apocalíptica a respeito dos naquela época longínquos tempos do fim. As igrejas para quem escreveu, com exortação e aplauso, situam-se nas proximidades de Éfeso, que é uma delas. Há excursões cristãs que as visitam.

Pernoitamos em um moderno hotel 4 estrelas onde havia uma grande piscina de água natural e outra de água térmica – estávamos em Pamukkale, onde ficava a destacada cidade romana e significativo centro cristão de Hierápolis. Ainda que se tenha tornado inteiramente cristã no século quarto AD, estudiosos acreditam que Paulo nunca lá esteve, embora mencionando-a em Colossences 4:13. A riqueza de Hierápolis é demonstrada por suas vastas ruínas, incluindo dois anfiteatros, banhos de águas térmicas e um ginásio de esportes.
As atrações maiores de Pamukkale são as citadas ruínas e o local tido pelos turcos como a oitava maravilha do mundo, os chamados ”castelos de algodão”, como que brancas piscinas naturais de águas térmicas de variadas dimensões e níveis. A predominante cor branca do extenso local atribui-se a calcio, bicarbonato e a outros minerais, considerados ricos à saúde desde os primórdios. É possível caminhar – com os pés descalços – pelas enormes formações brancas, porém atualmente é proibido nadar nas suas piscinas em formato de grandes conchas suspensas. Nadamos, sim, na famosa piscina de Cleópatra, de águas térmicas e em cujo fundo se encontram as ruínas do templo de Apolo, interessante sob esse aspecto mas uma mão-de-obra para nos locomovermos dentro da água cheia de colunas e rochas.

E quando tomamos conhecimento de que a Turquia moderna – onde todos esses lugares familiares aos cristãos se situam (ver mapa adiante) – é 99% muçulmana, compartilhando do 1% as religiões cristã, judaica e outras, um sentimento de frustração pode querer invadir-nos. Mas podemos rebatê-lo pensando que o que lá existe - embora importante para visitarmos e com isso fortalecer a nossa fé e o nosso conhecimento - são, afinal, ruínas que um dia se desfarão completamente. No entanto, o que lá aconteceu e que foi registrado como sólido fundamento na Bíblia tem norteado através dos séculos a vida, a conduta e a esperança de milhões de cristãos pelo mundo afora, de acordo com a afirmação do Senhor Jesus: ”Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão”.


Marmaris




Éfeso














Hierapolis

Pamukkale








Informações e curiosidades:

Através do Google poderá obter mais informações, procurando Alanya-Turquia/ Marmaris-Turquia/Éfeso-Turquia/ Pamukkale-Turquia etc.

Textos bíblicos: Atos 13:13, 14:25 (Perge e Atalia) - Atos 18:24-28, capítulo 19 (Éfeso) – Carta de Paulo aos Efésios - Colossences 4:13 (Hierápolis) - Apocalipse 1:9 (Patmos), capítulos 2 e 3 (igrejas do Apocalipse).

Atribui-se a origem do nome da cidade, Marmaris, a um sultão que mandou construir o castelo no ano 1521 AD. Voltando de sua expedição à próxima Rhodes, não gostou do castelo e disse: ”Mimar as!” que significa ”Enforquem o arquiteto!”

As raças turca e árabe não são as mesmas; compartilham, no entanto, da mesma religião.

Kebab é um dos pratos mais populares originários da Turquia, erroneamente chamado de ”churrasco grego” em São Paulo, principalmente. São populares atualmente em todas as cidades da Europa.

Como usei diariamente a Internet nos muitos cafés-internet , tinha que cuidar com o teclado turco que contém algumas letras diferentes. Felizmente o c cedilha, que não temos no teclado escandinavo, consta no alfabeto turco, inclusive para iniciar uma palavra com letra maiúscula: Çç Şş Ğğ Iı