Paulo Franke

19 julho, 2008

De trem pela Europa 5 - Budapeste (Hungria)

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Although it is not a perfect translation - sometimes with many mistakes, sometimes very funny! - it can give you an idea of the subject:


Lugares visitados conforme o mapa acima

(tente aumentá-lo clicando sobre ele e seguindo a direcão das setas):

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Bremem, Berlim, Nuremberg (Alemanha), Salzburgo (Áustria), Budapeste (Hungria), Zurique, Vevey, Genebra (Suíca), Haarlem (Holanda), Celes, Bergen-Belsen, Bremerhaven, Hamburgo, Puttgarden (Alemanha), Copenhagen (Dinamarca), Halmstad, Goteburgo (Suécia), Bergen, Oslo (Noruega), Estocolmo (Suécia ) e de volta a Helsinki (Finlândia), onde vivo.




De trem pela Europa 5 - Budapeste (Hungria)




Por ter sido a Hungria, nesta InterRail, o único país que visitei pela primeira vez, sinto que dois dias não foram suficientes para ver tudo o que poderia ter visto, principalmente na sua bela capital Budapeste. Assim, em um sentido, sinto-me em dívida para com ela. Por outro lado, pesquisei mais a seu respeito no Google:


Budapeste, formada das duas palavras Buda e Peste, consiste do nome de duas antigas cidades que se fundiram em uma. Banhada pelo rio Danúbio - que também banha Viena - é chamada de A Rainha do Danúbio e tem 2 milhões de habitantes. A Hungria, está na União Européia desde 2004.


Nove pontes sobre o Danúbio separam as antigas Buda e Peste. A foto que tirei ao chegar às suas margens mostra ao fundo o Castelo de Buda, uma incrível paisagem!



Assim como o nome da Finlândia no idioma finlandês é Suomi (em sueco, Finland), a Hungria no idioma húngaro chama-se Magyarország.


Passeei ao longo do Danúbio mais do que uma vez. Ao admirar as belezas do centro da cidade achei-a parecida com Paris, para depois ler que é chamada de "A Paris do Leste-Europeu". No entanto, saindo da estacão do trem e indo a pé até o local onde me hospedaria, tive a forte e já conhecida impressão de estar em um país que já foi dominado pelo comunismo ao ver prédios muito velhos e danificados, onde em outros países do oeste europeu não se vê.



Ainda que haja belezas por toda a parte, inclusive esta famosa paisagem do Parlamento, senti como na Itália, onde parece que o governo investe mais em Roma do que em qualquer outra cidade. Em Budapeste parece acontecer o mesmo, o centro da cidade é altamente cuidado e belo, em detrimento de outros lugares. Isso, no entanto, pode ser uma idéia errônea pois, como já mencionei, dois dias nâo foram suficientesconhecê-la e analisá-la devidamente.



O Parlamento, belo prédio que é o cartão-postal da cidade visto do rio Danúbio.


Remontando do tempo dos colonizadores romanos, os banhos públicos são populares na Hungria. Os da foto não são os que visitei. Os que visitei, Lukács Medicinal Baths (na Rua Frankel, imaginem!) não menos bonitos e saudáveis, eram em câmeras subterrâneas onde cada piscina - de diferentes formatos e iluminadas com luzes de diferentes cores - variava em sua temperatura. Foi a minha vez de relaxar o mais possível da viagem naquela gostosura que incluía banho turco, mas não o nosso banho típico finlandês, a sauna. E foi tempo de "esfriar a cabeca", pois no caminho para lá fui barrado por fiscais à saída do metrô e multado em € 25.00. Comprara o bilhete e esquecera-me do procedimento de passá-lo em uma máquina para "carimbá-lo" (o que com o tipo de bilhete que tenho na Finlândia não preciso fazer ao entrar no metrô). Paciência... contaram-me que se tivesse acontecido na Alemanha eu teria sido multado em € 50.00.

A Basílica: 68% dos habitantes da Hungria são católicos-romanos e 27% protestantes, sendo o restante ortodoxos-russos, judeus etc.


Uma das fortes razões de ter incluído Budapeste no meu roteiro de viagem foi a de visitar a sua histórica Sinagoga. Na foto menor, a praca do Holocausto.






Gosto desta foto que tirei de mim mesmo onde pareco um judeu sephardim (os originários da Península Ibérica) diante da sinagoga com seu kipa ou, segundo o dicionário Aurélio, solidéu, que significa literalmente "somente a Deus".


O interior da majestosa sinagoga da rua Dohány.



A praca do Holocausto, atrás da sinagoga, onde permaneci por bons momentos. Este lugar é também dedicado ao herói Raoul Wallenberg, um diplomata sueco que emitiu mais de 100.000 passaportes a judeus húngaros, salvando-os dos campos de concentracão. O carrasco nazista Adolph Eichmann" chamava-o "o cão judeu". A missão de Eichmann era exatamente o contrário da de Raoul, um emitia passapostes para a vida e outro para a morte.

(Não deixe de ler o link abaixo da postagem, sobre Raoul Wallenberg e seu feito; idem voltar ao tópico sobre o julgamento de Nuremberg, onde incluí uma foto do julgamento do citado carrasco nazista em Israel)



Mostra de um desses passaportes originais, e também da cópia da carteira húngara de motorista de Raoul Wallenberg (foto que tirei no Museu Judáico de Estocolmo, no final da viagem).


O outra foto no significativo local




E saindo da sinagoga encontro na cidade uma Exposicão Fotográfica de Israel. Momento de parar para apreciá-la e tirar uma foto do poster de um judeu ortodoxo em oracão, sendo o nome do fotógrafo Aron Suveg.






Novamente fui hospedado na família salvacionista. Caminhei mais do que uma hora para achar o prédio do Exército de Salvacão (Az Udvhadsereg em húngaro), mas achei-o. Em um bom e confortável quarto para hóspedes dormi duas noites muito bem dormidas.


O Exército de Salvacão comecou na Hungria em 1924, tendo de encerrar as suas atividades em 1950. Foi reestabelecido em 1990 e hoje conta com diversos Corpos (igrejas) e centros sociais para homens, mulheres e para mulheres e criancas vítimas de violência familiar.



A major Ruth (sentada, à esquerda), de nacionalidade suíca, que bondosamente me cedeu o quarto de hóspedes, forneceu-me esta foto de um grupo de bravos salvacionistas húngaros. Percebam ao fundo o difícil idioma húngaro escrito.

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A traducão do Hino Nacional Húngaro:

Que Deus abencoe os húngaros com paz e prosperidade,
Que estenda seu braco protetor se eles enfrentarem o inimigo;
Atingidos por tantas lutas, que Ele lhes dê anos felizes,
Pois este povo já expiou o passado e o futuro.

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Pesquisei a língua húngara, que considero muito bonita, "aveludada" e suave aos ouvidos, e foi este o resultado, que me surpreendeu um pouco: é do tronco urálico-altaico. Entre as principais das 99 línguas desse tronco estão o húngaro, o finlandês, o estoniano, o turco, o japonês, o mongol e o manchu.
Não pode ser entendida pelos finlandeses (assim como o português e o rumeno são ambas línguas latinas mas não podem ser entendidas entre si, salvo raras palavras).
Quando viveu em Estocolmo, meu irmão mais novo perguntou a um amigo "quem eram aqueles louros que falavam japonês..." A resposta foi: os finlandeses, que emigraram em grande número para a Suécia em outros tempos. (Isso explica!)



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Húngaros Notáveis:

Theodor Herzl , pai do Sionismo.

E principalmente nas artes:




Creio ser o mais famoso o pianista Franz Liszt (compositor das famosas Rapsódias Húngaras). Foto.

Johnny Weissmuller (Tarzan) - Béla Bartok - Leslie Howard - Zza Zza e Eva Gabor - Joseph Pasternak - Ilona Massey - Bela Lugosi - Houdini - Tony Curtis (filho de um judeu húngaro) - Miklos Rozsa.

A lista no Google fornece outros nomes, inclusive de artistas da atualidade, como o músico e cantor judeu, Paul Simon.

L i n k:



Próxima postagem:


De trem pela Europa 6 - Zurique (Suíca)


(idem fotos do trajeto por Viena e Tirol austríaco)

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