Paulo Franke

13 setembro, 2008

De trem pela Europa 15 - Estocolmo (Suécia)

Do you want to read this text in English?

Although it is not a perfect translation - sometimes with many mistakes, sometimes very funny! - it can give you an idea of the subject.




Lugares visitados conforme o mapa acima.


(Tente aumentá-lo clicando sobre ele e seguindo a direcão das setas)

Bremem, Berlim, Nuremberg (Alemanha), Salzburgo (Áustria), Budapeste (Hungria), Zurique,Vevey, Genebra (Suíca), Haarlem (Holanda), Celes, Bergen-Belsen, Bremerhaven, Hamburgo, Puttgarden (Alemanha), Copenhagen (Dinamarca), Halmstad, Goteburgo (Suécia), Bergen, Oslo (Noruega), Estocolmo (Suécia ) e de volta a Helsinki (Finlândia), onde vivo com minha esposa e duas filhas casadas.
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De trem pela Europa 15 - Estocolmo (Suécia)

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Então, tomei meu último trem - Oslo-Estocolmo - quase chegando em casa... Mas ainda havia lugares a explorar, pelo menos por um dia.



A linda Estocolmo, uma cidade de realeza conhecida de muitas outras vezes, a passeio, por conferências ou mesmo de passagem somente.



O postal mostra a cidade velha (Gamla Stan), um lugar que nos transporta a séculos passados, quando a cidade limitava-se a somente aquela área, hoje altamente preservada.

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Percorrendo a Rua da Rainha (Drottningsgatan), chego ao famoso portão através do qual se adentra a cidade velha.



Nessa famosa rua, olhem, um Corpo do Exército de Salvacão (Frälsningsarmén)! Sempre tive vontade de conhecer este centro nosso, um tanto atípico, mas no momento estava fechado.




A seguir, três fotos do tipo "pra provar que estive lá!"





Ao fundo, a famosa torre da Prefeitura (Stadshustornet)




Foto obrigatória, diante do palácio real. Que tal um cafezinho com a rainha Silvia? Por ter sido criada no Brasil, ela fala português corretamente - e a língua sueca com sotaque português do Brasil.



Como eu, a menina está diante do palácio sem vestes apropriadas! Ela concordou que eu tirasse sua foto. Apavorem-se brasileiros, mas sua forma de vestir, e muito mais bizarra ainda, encontra-se em qualquer país da Europa (outra, a moda vampiro, como eu costumo chamar, é quase um uniforme de muitos jovens europeus: roupas longas pretas, cabelos pintados de preto e roxo, rosto maquiado de branco e contorno preto nos olhos)




Passei pela praca Sergels que me inspirou a escrever "Sozinho na multidão em Estocolmo" (veja link abaixo), só que embora um dia de verão, fazia frio e o tempo mostrava-se ameacador, como de fato aconteceu à tarde: caiu uma chuva torrencial, rara por estas bandas, digna de qualquer país tropical.




Um poster nessa praca anunciava o eterno tema em cartaz em algum teatro do mundo:
"O Diário de Anne Frank".
E esta foto serve de link para as demais, fazendo lembrar aos amigos leitores de que um dos motivos desta minha viagem foi homenagear o Estado de Israel pelos seus 60 anos de fundacão, a nacão que tem mais de 4.000 anos.





Estar em Estocolmo, nesse sentido, é recordar o herói sueco que salvou mais de 100 mil judeus na Hungria, fornecendo-lhes passaportes suecos (veja link). O desaparecimento de Raoul após a guerra é um mistério. Os russos, que o fizeram prisioneiro, declaram que ele morreu na prisão em 1947 de um ataque do coracão. Os suecos creram por muito tempo que ele continuava vivo até recentes anos. Seu aprisionamento aconteceu pela suspeita infundada dos russos de que ele seria um espião contratado pelos Estados Unidos.





E pela primeira vez estive no momunento dedicado a ele, no centro de Estocolmo.






A praca leva o seu nome.





Os blocos de cimento pintados de preto estão deitados, ao contrário dos do monumento de Berlim (veja fotos em "De trem pela Europa - Berlim (Alemanha)).
Dessa forma, o escultor traduziu o Holocausto.




As horas corriam e, debaixo de chuva, apressei-me a visitar o Museu Judaico, que minha esposa já havia visitado e que me recomendava.





Artefatos judaicos expostos.





Um rabino em miniatura lendo a Torah.




Um candelabro gigante em gesso ou cerâmica.





E como não poderia faltar no acervo do museu, documentos e fotos ligados ao herói sueco Raoul Wallenberg. Na foto, sua carteira de motorista húngara, blocos de anotacões e passaportes que concedeu aos judeus.





A estrela de Davi, que os judeus eram obrigados a usar, e mais documentos do tipo salvo-condutos para a viagem.



Presenteado por minha esposa após a sua visita ao museu, o livro "Conte aos seus filhos..."
- um livro sobre o Holocausto na Europa 1933 - 1945. Este livro mostra fotos e textos inéditos sobre a crueldade do Holocausto (aos interessados posso quem sabe indicar como adquiri-lo fornecendo o endereco do museu).




Este disco não pertence ao acervo do museu, mas é uma relíquia que guardo com carinho em casa e que às vezes escuto aos sábados.



As mais conhecidas e belas cancões tradicionais de Israel estão aí, finalizando o lado 2 com a orquestra e coro de Benedict Silberman tocando Hatikwah, o hino nacional. As demais músicas:

"O rabino quer que nos casemos" - "A chama está ardendo na velha lareira" - "Aproveite o Sabath" - "Minha mãe ídische" - "O rabino e sua esposa" - "Inconsolável" - "A polca de Telaviv" - "Sexta-feira à noite" - "Kol Nidrei" - "Tema de Yom Kippur" - "Boa sorte ao noivo e à noiva" - "Uma carta para a minha mãe" - "Chave" - "O cancão de ninar do anjo" - "O judeu e sua esposa" - "Passas e castanhas" - "O judeu e o violinista" - "O chale de oracão" - "O rabino" - "Eili, Eili" - "Hatikwah" (traduzido livremente do inglês)

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Aproveito o momento para agradecer a todos os amigos judeus que, através deste blog, me acompanharam nesta viagem. Seus comentários têm sido valiosos e muito bem-vindos!

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Chegou a hora de tomar o navio para voltar para casa. Era o dia 28 de junho de 2008.



Viagem Estocolomo-Helsinki, aproximadamente 10 horas. E do navio a visão do sol que se põe por poucas horas para logo erguer-se novamente com todo o seu fulgor no verão escandinavo.



A linha abaixo do grande mapa mostra o trajeto feito pelo ferryboat. Uma luzinha é acesa na linha para localizar exatamente onde se encontra o navio no mar Báltico. Ao sul, na foto, a Estônia, a duas horas de ferryboat de Helsinki.



Meus bons companheiros de cabine, desta vez um coreano e um sueco.


Apesar de ser um meio de transporte popular e barato, os navios são muito bonitos!



Anunciada a proximidade do porto de Helsinki, vou ao convés para registrar em foto o momento.
E assim minha longa viagem de trem pela Europa curiosamente, pela localizacão geográfica da Finlândia, teve seu início por via aérea e final por via marítima!
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E aqui cabe a palavra bíblica EBENEZER, que significa: "Até aqui nos ajudou o Senhor!"

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L i n k s:


Sozinho na multidão, em Estocolmo.



Ele emitiu passaportes suecos aos judeus.
De trem pela Europa 5 - Budapeste (Hungria)
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Próxima postagem:
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Cheguei! Helsinki também é linda!




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