Paulo Franke

12 novembro, 2008

A mais bela decolagem! Douglas DC-3



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Quando a MANCHETE nos anos 80 publicou em duas páginas esta propaganda da VARIG, eu que gosto de aviões parei a respiracão! Recortei as duas páginas com cuidado e guardei-as até hoje ao fazer esta postagem de uma experiência que tive no final dos anos 60. E pasmem, não foi tanto o grandioso DC-10 que nos transportou aos USA nos anos 80 que me chamou a atencão, mas o pequenino DC-3 (talvez o leitor precise de uma lente para vê-lo) nesta foto estupenda que compara o tamanho das duas aeronaves.
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E para os fãs do Douglas DC-3, ou de quem se lembra dele, mais fotos abaixo, extraídas da revista finlandesa YHTEISHYVÄ (fotos de Mikko Hannula) de outubro de 2008.









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Meus filhos certamente já se esqueceram do passeio que fizemos à Cidade da Crianca, em São
Bernardo do Campo-SP, no início dos anos 80. De repente, diante de nós, a minha surpresa ao ver ali um Douglas DC-3!! E assim fomos ao vôo simulado no avião "de verdade" em pleno parque de diversões.

Referindo-se ao histórico avião, Eisenhower declarou: " Gracas ao DC-3, os aliados venceram a guerra!" E em certa ocasião o bimotor foi homenageado em razão dos valiosos servicos prestados na Amazônia (o do parque, do Projeto Rondon, era um desses).




Ainda que tivesse viajado em modernos aviões, eu nunca entrara naquele bimotor. Quando pequeno, recordo-me de ver meu pai partir para as suas viagens de negócio. Eu sempre torcia para que o levássemos ao aeroporto e não a que uma conducão da VARIG o viesse pegar em casa, o que também acontecia. O pequeno DC-3 da VARIG, cuja linha pioneira foi exatamente a que uniu as cidades gaúchas de Porto Alegre-Pelotas-Rio Grande, ia balancando até o início da pista e alcava o seu vôo, para mim triunfal! E eu o acompanhava até que se perdesse de vista, emocionado diante do espetáculo de singular beleza para a cabeca de um "guri" de calcas curtas que tinha o sonho de ser piloto quando crescesse. Com meus filhos, experimentando as sensacões da decolagem e aterrissagem do DC-3, ainda que simuladas, as recordacões distantes estavam presentes.

Certa ocasião, como jovem oficial (pastor) do Exército de Salvacão, sentindo a carga do viver cristão e das implicacões da vocacão, comecei a "perder altura". Com pés pesados, dirigi-me ao Aeroporto Santos Dumont, na cidade do Rio de Janeiro. Na sacada, contemplando as aeronaves, questionava-me: "quem sabe eu havia errado e a vocacão de piloto era de fato a que deveria ter abracado?..." Então, de repente, eu que em muitos dias livres me quedava a admirar os reluzentes aviões estacionados, ou então subindo e descendo naquele mesmo aeroporto, ao olhá-los naquele momento não me pareceram tão belos e atraentes, mas mal-conservados e até enferrujados, naturalmente uma inexplicável "ilusão de ótica" que deformava a minha visão naquele momento.

Ou teria sido providencial? Só sei que naquele instante as palavras de Jesus, que me chamara
para ser um servo e seguidor Seu, vieram ao meu socorro, causando-me um impacto: Ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde... nem ferrugem corrói.

Como que despertanto, dei uma brusca meia-volta e os meus pés - não mais pesados mas parecendo pés alados - "voaram" para o humilde Corpo salvacionista que eu dirigia do outro lado
da Baía de Guanabara. Decidido a continuar com nova disposicão, a "decolagem" foi bela e segura e o "vôo" da minha vocacão desde aquele dia distante tem transcorrido com seguranca e conviccão, mesmo quando nuvens ameacadoras aparecem no horizonte ou turbulências queiram
me afetar ou mesmo derrubar.

Cuidemos, portanto, para que em tempo algum tenhamos "autonomia de vôo" que nos faca independentes dAquele que nos chamou para tão altaneira e soberana vocacão!


... e nos ressuscitou e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus (Efésios 2:6).


- Livro "Edificacão Diária", de minha autoria. Crônica para o Dia do Aviador e da Aviacão -



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Um grupo de oficiais da Divisão do Rio Grande do Sul - no tempo em que os salvacionistas ganhavam grande desconto ao viajar de avião - dirige-se do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, a um congresso do Exército de Salvacão em São Paulo, no ano de 1962. O avião, um Curtiss-Command, outro herói da guerra usado nas linhas aéreas brasileiras paralelamente ao Douglas DC-3.

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Quando em 1977 visitamos o Smithsonian Institute, em Washington-DC, procurei interessado o pavilhão de aviacão e foi a vez de levantar o "gogó" para ver no alto o Douglas DC-3 da Eastern Airlines.



Na camiseta que gosto de usar a bordo quando viajo, na estampa estão diversos aviões Douglas usados pela Finnair durante as décadas. Minha esposa tem um primo piloto que recentemente se aposentou, sendo a linha que por último fez foi Helsinki-Nova York-Helsinki nos Douglas DC-10 (acima) da companhia finlandesa.


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Captando a mensagem


O avião atravessou as nuvens à frente;

A chuva fria, o vento e a geada

São passados, finalmente!

~
No céu azul o sol envia,

Através da janelinha, de sua luz um facho;

E as pessoas todas estão tremendo de frio

Nas ruas congeladas, lá embaixo!

~

Enquanto eu, com pés molhados, miserável,

Estava andando sobre o lodo,

Você quer dizer que o sol lá em cima

Estava brilhando o tempo todo?
~

Ah, agora percebi a mensagem

E compreendo o Teu sinal

Não importa quão ruim o mundo se torne,

O bem há de vencer o mal.

E quando nuvens espessas

Parecerem querer nos separar,

Vem com Teu calor e Tua luz

A escuridão atravessar.


John Gowans

- General




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Próxima postagem:


Na cidade natal do famoso contador de histórias dinamarquês,


Hans Christian Andersen, e o seu intérprete maior no cinema, Danny Kaye.

4 Comments:

  • Linda postagem ...digna de romance de escritor famoso...riqueza de detalhes das comparações no aeroporto e principalmente da vocação e do amor de Deus...amei ...mesmo não entendendo muito de aviões.kkkk..mas a mensagem por trás disso foi muito clara e maravilhosa...Parabéns senhor Paulo!

    By Anonymous Anônimo, at quinta-feira, novembro 13, 2008 6:11:00 PM  

  • Assim como o comentário anterior, "linda postagem" !!!!... hj estou com 24 anos, mas sou apaixonado por aviação desde que nasci hehehehe, e quando era criança tive várias oportunidades de fazer "vôos simulados" no DC-3 da cidade das crianças, e sem duvida vão ficar na memória pro resto da minha vida...

    By Blogger Luiz Carlos Silva, at segunda-feira, março 29, 2010 5:20:00 AM  

  • Nunca fui muito ligada em aviões. Acho que deve ser coisa de mulher! No entanto, ao ver o DC-3 ilustrado na sua postagem, lembrei-me que meu primeiro vôo SP/RS, no ano de 1966, foi num avião com duas hélices, tremia todo, mesmo sem turbulência e fazía um barulho horrível!
    Mas quero fazer meu comentário sobre o conteúdo e pelo que lí nas entrelinhas, pela sua "tomada de posição". Um dia também ouvi a vóz de Deus que me sugería "autonomia de vôo" e acho que errei a rota!
    Mas pela SUA misericórdia, voltei e fui recebida novamente! Deus= AGAPE.

    By Blogger Yara, at terça-feira, novembro 08, 2011 10:41:00 PM  

  • Bela e significativa homenagem ao bravo DC-3. Muito voei no referido equipamento para visitar cidades de nossa Amazônia, por ele tão bem servida. Pequeno - 28 passageiros e 4 tripulantes - seguro e sempre confiável nas operações de pouso e decolagem, nos mais variados tipos e tamanhos de pistas. Parabéns Paulo pelo belo e exemplar trabalho de divulgação do valente DC-3. José Martins

    By Anonymous José Maria de S. Martins, at sexta-feira, novembro 09, 2012 2:53:00 AM  

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