Paulo Franke

23 agosto, 2009

Férias no BRASIL - P.Alegre/Pelotas-RS (Lon-Hki) - II



Com o mínimo de legendas, falam por si as fotos... e as recordações no meu caso e talvez no caso de leitores lá nascidos mas ausentes há muito tempo. Situada quase no extremo-sul do Brasil, a cidade de Pelotas pela sua localização estratégica foi no passado um corredor que unia a capital federal às capitais do Plata, uma das tantas razões de sua importância e desenvolvimento. Durante dois dias dos seis lá passados - não a visitava há 4 anos -, saí com minha câmera digital a fotografar principalmente seus casarões históricos lembrando a arquitetura portuguesa, muitos restaurados ultimamente. Chamada de "A Princesa do Sul", Pelotas bem que poderia também levar o nome de "A Paris Gaúcha", confiram.





Um postal antigo do Aeroporto de Congonhas, onde tomei o avião da TAM rumo a Porto Alegre.




O moderno Aeroporto Salgado Filho em Porto Alegre.




O aeroporto de Porto Alegre era uma referência para um adolescente - eu - que tinha o sonho de viajar "lá nas nuvens", naquela altura inacessível...







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A capital gaúcha, Porto Alegre, às margens do rio Guaíba.






Shopping-center onde almocei com amigos que me pegaram no aeroporto.







A parte leste do RS, Lagoa dos Patos, a maior lagoa do Brasil; ao norte, Porto Alegre, ao sul, Pelotas e Rio Grande, às margens do Oceâno Atlântico.






No mapa, Pelotas e Rio Grande. Pelotas situa-se às margens do São Gonçalo, rio que liga as lagoas dos Patos e Mirim.





Pelotas = 197 anos!





Praça Coronel Pedro Osório.





































Prefeitura Municipal e Biblioteca Pública, e fotos de seu interior abaixo.











As bandeiras da nação, do estado e da cidade.



















































































Teatro Sete de Abril






















































Chafarizes da cidade trazidos da França.


















































Mesa no Bavária Bar onde, em setembro de 1961, bebendo com amigos, vi entrar um oficial do Exército de Salvação que me ofereceu o jornal abaixo, guardado até hoje. O primeiro passo para o meu ingresso no Exército de Salvação, que se deu no ano seguinte.





No jornal, um artigo sobre o perigo do álcool, que me atingiu em cheio em vista de, deixando os amigos da igreja, ter começado a me unir a outros amigos que gostavam de beber.





O Informativo atual da obra salvacionista em Pelotas, onde se pode ver acima o prédio de nossa obra social e abaixo o de nossa igreja (Corpo). Os bons colegas Paulo e Claudete poderão prestar informações sobre o eficiente trabalho que realizam na comunidade, tanto no sentido social quanto espiritual, através do fone (53) 3273 6909.



A Catedral Anglicana do Redentor onde fui batizado e permaneci até ingressar no Exército de Salvação, portanto, de 1943 a 1962. Durante as férias fui convidado a fazer uma palestra no seu salão social enfocando as terras bíblicas que tenho visitado.



A Igreja Luterana São João, em foto de Maria Vitorina.



Catedral São Francisco de Paula , nome original da cidade. Pelotas, adotado mais tarde, significava a embarcação usada pelos índios da região.






Pilar em homenagem à Yolanda Pereira, miss Pelotas 1930, Rio Grande do Sul, Brasil e Universo.




A casa onde nasceu a ilustre filha da cidade.





Yolanda morreu em 2001, com 91 anos de idade.


Fonte: Google





O Cine Capitólio onde na década de 50 assisti a um número sem conta de filmes, hoje um estacionamento de carros na zona central da cidade. Entrei no local que conserva a decoração lateral e a grande tela.



O sal do charque exigia doce... Curiosidade explicada no livro acima que conta os primórdios da tradição dos doces da cidade, hoje reconhecidos pelo país inteiro e países vizinhos haja vista a FENADOCE, feira nacional que acontece a cada ano no mês de junho desde 1986.





Não fui a nenhuma churrascaria, mas não dispensei o tradicional "mocotó" gaúcho, sopa que tem o nome de um só ingrediente mas que leva outros como feijão branco, dobradinha, linguiça e ovo e salsa picados, delícia pura no inverno.






Na casa de minha irmã, um delicioso rizoto à moda gaúcha, regado à Coca Zero de 2,5lt, recipiente com tal capacidade que não conhecemos na Finlândia!







A beleza da zona rural. Abaixo na foto, a estátua ao colono e o velho moinho da Colonia Progesso, comunidade alemã onde costumávamos "veranear".






Casarão à margem direita do arroio Pelotas, no caminho para a praia do Laranjal, hoje um lugar para eventos, originalmente construído por Bernardino Rodrigues Barcellos, um antecedente por parte de minha avó paterna, Alayde Barcellos Franke.





Mesmo no inverno gaúcho vale a pena visitar a conhecida Praia do Laranjal, deserta pelo frio mas povoada de recordações. Intercalo as fotos da praia com as de algumas de suas casas. Se há casas bonitas na praia quanto mais na cidade! Viajando pelo mundo, não tenho visto casas tão bonitas e de arrojada e criativa arquitetura quando as brasileiras. E o Rio Grande do Sul, pelo seu rigoroso inverno, destaca-se por belíssimas casas muitas vezes com grandes telhados, águas-furtadas e chaminés, levando-se em conta também a influência alemã no estado.




































































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Antes de finalizar esta postagem com fotos de nosso fim de férias e volta à Finlândia, apresento uma galeria de fotos do passado:







O Hotel Majestic em Porto Alegre, hoje Casa de Cultura Mario Quintana, poeta e compositor gaúcho que morou no outrora hotel.










Tios hospedados no antigo hotel em foto do início da década de 40. Era também o hotel onde nos hospedávamos quando em visita à capital. Nas recordações do tempo de guri, nós correndo por estas amplas sacadas.








Lugar estratégico no trajeto Rio-Montevidéu-Buenos Aires, muitas companhias de teatro e ópera, além de orquestras e cantores famosos, visitavam Pelotas e se apresentavam no Theatro Guarany (fotos acima). Consta que a famíla von Trapp apresentou-se neste teatro quando de passagem para Buenos Aires. Também o Zepelim sobrevoou nossa cidade no final dos anos 30.




A bonita zona rural era lugar de passeios da família. Na foto do final dos anos trinta, meu avô de gravata diante de seu Ford-de-bigode, meu pai de botas, minha mãe sentada ao lado da sogra, primos de meu pai e outros amigos que não identifico na foto antiga.




Sentados na até hoje areia branca do Laranjal, na foto de fevereiro de 1943 meus pais à esquerda, o irmão de meu pai menino queimado do sol (tio que visitei ao chegar a Porto Alegre, hoje com 82 anos), irmãs de meu pai com seus maridos (o tio-alemão fazendo o sinal da vitória de Churchill), minhas duas irmãs crianças, sendo que os dois "alemãozinhos" ao fundo desconheço quem são. Se nasci em outubro de 1943, de alguma forma estou na foto também. Minha família frequentava a Praia do Laranjal desde os tempos quando se obtinha permissão do proprietário, Dr. "Ferreirinha", para lá se armar barracas.








Na foto dos anos 70, diante da casa onde nasci.





A bela casa que meu pai mandou construir na Av. Bento Gonçalves.






Na rua Professor Doutor Araújo, a casa de amigos nos anos 50, uma família vinda da Holanda.






Tradição de mulher bonita, a nossa Miss Pelotas-1961, Vera Maria Brauner Menezes, que se tornou Miss Rio Grande do Sul, Miss Brasil e obteve o segundo lugar no concurso Miss Beleza Internacional, em Long Beach-CA.







A VARIG (Viação Aérea Riograndense) era o orgulho dos gaúchos. Sua viagem inaugural deu-se exatamente entre as cidades de Porto Alegre, Pelotas e Rio Grande (importante cidade portuária entre a Lagoa dos Patos e o Oceâno Atlântico, a uma hora de Pelotas por rodovia).






Nos meus souvenirs, lembrança das muitas vezes em que viajei pela VARIG.






Em 1972 viajei com amigos em um Fusquinha 0km desde Brasília até Pelotas. E apresentei-lhes a nossa praia, especialmente à família Milfont, dona do Fusquinha, cearenses moradores de Brasília com os quais perdi o contato, pena... A menina Denise cheguei a ver em algumas novelas da TV Globo. Um brasiliense filho de pelotense, uma prima e um sobrinho também estão na foto.






Nossas filhas em férias em Pelotas. Se não fossem a carrocinha de pipoca e algodão-doce e os caixotes servindo de bancos, poderíamos dizer que estariam em Paris...






Na década de 90 voltamos a viver em Pelotas, durante 9 meses. Nesse meio-tempo, minha filha Martta conheceu um gaúcho e se casaram mais tarde com trajes típicos na cerimônia em um sítio em Canoas onde os convidados em grande parte também se vestiram com roupas tradicionais gaúchas. Hoje vivem no norte da Finlândia.








Entardecer em Pelotas.






Foram seis dias bem aproveitados, e logo retornei a Porto Alegre para viajar de volta a São Paulo.




Dia de muita chuva na capital gaúcha.








Uma foto no Aeroporto Salgado Filho no Doce Dia dos Pais de 2009.







E falando em doces...



Aprontando-nos para a volta, a lista de encomendas das filhas que moram na Finlândia com suas famílias: bombons "Sonho de Valsa", guaraná Antártica, passoquinha, gelatinas Royal diet, romances de escritores brasileiros, além de bolos fabricados pela tia Lys Martta Helena. Minha cunhada e seu esposo têm uma fábrica de bolos caseiros em São José dos Campos e atendem também as cidades vizinhas com seus produtos cada vez mais populares.





Hora triste da separação no Aeroporto Internacional de Guarulhos.







Mas muita gratidão a Deus por termos ido!





Novamente, um Boeing -747 da British Airways.



Ainda que antigos...






... com TV individuais, posicionadas do banco da frente, o que ajuda a passar o tempo = quase 12 horas de viagem.






Novamente no aeroporto de Heathrow, em Londres. Anneli fazendo algumas compras pequenas no Dutyfree e eu saboreando uma Pepsi-Max, meu refri preferido. E ao bebê-la, uma lembrança: enquanto em 1969 a Pepsi Cola fazia sucesso com seu lançamento no Rio de Janeiro, em Pelotas já a tomávamos desde a metade da década de 50, inclusive com fábrica na cidade.



O rótulo faz propaganda da Nokia (pronuncia-se Nôkia), a popular firma finlandesa de telefones celulares. Estamos chegando de volta, com certeza.






Com um céu azul no verão londrino, embarcamos pela Finnair para o última trecho Londres-Helsinki.






Duas horas e meia de vôo.






Em tempo: estávamos viajando em um avião "Made in Brazil", da EMBRAER!!





O cartão de embarque (boarding pass) da mesma British Airways, do dia 12 de agosto de 1999, mês e ano em que fomos transferidos para a Finlândia, terra da Anneli, há precisamente 10 anos!







enfinLÂNDIA!


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L i n k s


Escute uma homenagem musical a Pelotas, pelos irmãos Kleiton e Kledir:



http://www.youtube.com/watch?v=3W00YCgOVPU

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Procure no "Índice de todos os meus tópicos", acima à direita, postagens ligadas aos anos em que vivi em Pelotas, 20 anos dos meus quase 66 de idade:


Minha busca às raízes na Alemanha.... O velho relógio de nossa casa..... Os velhos de minha rua.... A igreja da minha infância e início da juventude.... O que era ir ao cinema nos anos 50... e 20!.... Fotos dos nossos artistas preferidos, do estúdio de cinema à porta de nossa casa.... Meu encontro com Victoria Chaplin, filha de Charles Chaplin.... Quando o Brasil entrou na Segunda Guerra Mundial... Quando, como e por que ingressei no Exército de Salvação.... Meu serviço militar.... e outros.


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Outras informações sobre a cidade:



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