Paulo Franke

26 abril, 2012

5. Em SÃO LEOPOLDO-RS, visita ao Museu da Imigração Alemã


E de volta à Finlândia há exatamente uma semana, continuo a postar as fotos e impressões de minha viagem pelo sudeste e sul do Brasil...


Esta viagem foi marcada por visita a lugares que há décadas não visitava, e mesmo rever amigos e parentes que há muito não via. Sabendo, graças à Internet,  que um jovem amigo salvacionista - que encontrei pela última vez na década de 70 - é hoje um pastor na cidade de São Leopoldo-RS, combinei com ele uma visita à cidade: passaríamos um dia juntos e, ao mesmo tempo, ele me levaria a visitar um lugar que pela última vez visitei na década de 80, 
o Museu da Imigração Alemã.
Tudo deu certo e de Pelotas viajei para Porto Alegre onde, na rodoviária, esperava-me meu amigo, pastor Ademir Martins. 
Era também a retomada da viagem, agora rumo norte.






Depois de um gostoso almoço que meu amigo me proporcionou - dispensei a churrascaria oferecida - chegamos ao Museu em São Leopoldo, a 34km da capital Porto Alegre.




Um velho "Ford-de-bigode", doado  por um descendente de alemães, dá as boas-vindas ao museu.



Uma antiga tipografia faz parte do acervo.




Álbuns de fotos...



... e máquinas fotográficas.




A evolução do ferro de passar roupa.



Um instrumento de tortura?   Não, uma cadeira de dentista...





A música sacra ou folclórica alemã sempre esteve presente na vida dos imigrantes.



Deus abençoe esta casa. Na primeira vez em que visitei o museu, vi a flor edelweiss seca, o que desta vez me esqueci de procurar no seu grande acervo, pena.



Louças que pertenceram a famílias de imigrantes, muitos dos quais se tornaram mais tarde  abastados, como os Renner, que vieram na mesma leva de imigrantes dos Franke...



Também relógios.



Ovos de Páscoa tradicionais alemães... E eu me lembro de quando menino, na véspera do domingo de Páscoa, meu pai, seguindo a tradição de sua família de origem alemã, pintava de todas as cores ovos de galinha para nos dar no dia seguinte.



Velhos teares... depois do trabalho duro, muitas vezes na lavoura, as mulheres teciam as roupas de sua família.



Eram muito religiosos, prostestantes ou católicos, dependendo da região de onde vinham. Aqui, um púlpito de uma igreja certamente luterana.



Famoso quadro da chegada dos primeiros imigrantes, em 25 de julho de 1824. Meus antepassados Franke chegaram no início de 1825 (veja link abaixo).




Meu amigo me leva à Casa do Imigrante ou Casa da Feitoria Velha, infelizmente fechada para reparos...



Para aqui foram conduzidos a primeira e as seguintes levas de imigrantes antes de se estabelecerem nas terras que lhes foram destinadas.



Aqui há 100 anos foi colocada a pedra fundamental da Igreja Evangélica Alemã no Rio Grande do Sul. - 1924  (e a citação de Deuteronômio 5:16 (5 Mose 5:16): "Honra a teu pai e a tua mãe... para que se prolonguem os teus dias sobre a terra que o Senhor teu Deus te dá.")




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Adquiri no Museu o livro acima, que teve a sua primeira edição em 2001.





Site do Museu: 

(perceba que as últimas letras são sl, de são leopoldo)


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No mesmo contexto, embora não tenha sido obtida no museu, a interessante e histórica fotografia - certamente do início dos anos 30 - da humilde casa, em Pelotas, onde os passageiros da VARIG esperavam o momento do embarque para se protegerem do frio gaúcho.










Filho de Martin Felix Berta e Helena Maria Lenz, Ruben Martin Berta (à esquerda da foto) nasceu em Porto Alegre em 5 de novembro de 1907.
A infância e a adolescência seguiram o padrão das famílias da modesta classe média porto-alegrense, de origem alemã e luterana. No início de 1927, já frequentava o curso de Medicina quando, por necessidade do sustento familiar, resolveu atender a um curioso anúncio de emprego de uma companhia de aviação comercial em implantação, a S.A. Empresa de Viação Aérea Rio-Grandense.
Dentre os poucos candidatos que apareceram, o jovem Berta foi o escolhido. Aos dezenove anos, tornou-se o primeiro funcionário da VARIG. Segundo Otto Meyer, fundador da companhia, Berta nada lhe perguntou sobre salário, tarefas ou extensão da jornada de trabalho. Apenas aceitou o emprego e o desafio.
A empatia parece ter sido imediata. Atração pelo pioneirismo do empreendimento ou pelo velho fascínio humano de voar? As duas coisas, provavelmente. Começava aí uma história que Ruben Berta e a VARIG viveriam juntos por quarenta anos. (Wikipedia)

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Obrigado, amigo pastor Ademir Martins, por um dia tão especial - abençoado e edificante - contigo!





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L i n k s


- Fui à Alemanha em busca de minhas raízes (Franke) e as encontrei:


http://paulofranke.blogspot.com/2006/07/minhas-razes-i.html

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- Visita aos Museus da Emigração em Bremerhaven e Hamburg, na Alemanha (e mais sobre o Museu da Imigração em São Leopoldo, inclusive o livro que lá adquiri onde constam nominalmente todos os membros da família Franke,  que embarcaram no porto de Hamburgo em 1825):


http://paulofranke.blogspot.com/2008/08/de-trem-pela-europa-11-bremerhaven-e.html

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Em breve:


Aos descendentes de CARLOS e ADOLPHINA (Ebling) FRANKE


(fotos do casal - meus bisavós - e de seus 10 filhos)


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Próxima postagem:


5 - Em Florianópolis


A última postagem da série será:


Voltando à Finlândia, a escala e passeio que fiz em Frankfurt am Main, na Alemanha.


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6 Comments:

  • Foi bom esse passeio, heim...???

    Daiane Benemann

    By Anonymous Anônimo, at quinta-feira, abril 26, 2012 7:35:00 PM  

  • Interessantissimo esse museu, apesar de não visitar muitos museus, gosto bastante de ve-los em suas postagens, muita história pra contar, hein!? hehe
    Abraço

    By Blogger João Guilherme, at sábado, abril 28, 2012 9:53:00 AM  

  • Muito interessante essa postagem, hoje senti-me visitando esse museu. As louças, os relógios, o pulpito, a evolução dos ferros de passa... encantadores! Minha bisavó tinha um ferro de brasa desses, lembro-me que ficava aborrecida qdo. caía carvão na roupa branquinha ... hehehe. Por outro lado, acho que estou velha mesmo, tenho vaga lembrança de já ter estado sentada numa cadeira de dentista parecida com essa quando muito pequenina!
    Em todo caso, obrigada pelo passeio.

    By Blogger Yara, at quarta-feira, maio 09, 2012 11:24:00 PM  

  • oi franke sou amiga da Leome Barum tudo bem contigo?Gosto muita dessa questao de genealogia. Estou proucurando raizes da minha familia Gaertner.
    Meu bisav^o chamava-se carl gaertner ( nesceu em golblez) na Alemanha. veio para o Brasil a convite do governo Julio prestes era tenente do exercito prussiano.
    Casou-se com a Ana Bewanger. Filha de tristao jose Monteiro ( fundador das cidades de taquara do mundo novo, s>leopoldo e igrejinha) . h'e hist'oria brilhantes sobre o tristao.Gostaria de saber como faco para adquirir esse livro que tu postastes. abraco

    By Blogger Adriane Gaertner, at quinta-feira, junho 07, 2012 5:48:00 AM  

  • Oi, "Atacante"!
    Procurei no livro o sobrenome Gaertner e, infelizmente, não o encontrei na relacão dos primeiros passageiros que foram para o Brasil.
    Não encontrei mais o livro à venda, mas sim disponível à consulta. No mais, o Museu dispõe de um setor de pesquisa o qual pode ser visitado com hora marcada. Espero que sejas bem-sucedida. aBRaco.

    By Blogger paulofranke, at segunda-feira, junho 18, 2012 2:01:00 PM  

  • Ola Paulo. Sou da família Franke e gostaria de conhecer mais sobre a minha geneologia

    By Blogger Unknown, at domingo, abril 26, 2015 6:53:00 AM  

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