Paulo Franke

18 maio, 2012

3 - Aos descendentes de Carlos e Adolphina (Ebling) FRANKE


- Terceira e Última Parte -



O Zeppelin sobrevoando o centro de Pelotas em sua rota para os países do Plata. Meu pai deveria estar trabalhando quando aconteceu, pois nunca me contou tê-lo visto, embora muito falasse no Zeppelin e no Hindenburg. E por que não fizeram feriado naquele dia? Vivendo estes quase 13 anos na Finlândia luterana, tenho constatado que religião e trabalho são sinônimos, o que foi ensinado pelo Reformador Martinho Lutero. Outra prova disso, pensando no meu pai e avô, descendentes dos primeiros luteranos a estabelecerem-se no Brasil relatada  no *...


Dono: Carlos Franke, meu bisavô. Rua 25 de Março, hoje Rua Dr. Amarante - Rua Manduca Rodrigues, hoje Rua Prof. Dr. Araújo. (cortesia do primo  de meu pai, Paulo P. Lysakowski).


Não posso garantir, mas este parente dá-me a impressão de ser o meu bisavô Philipp Carl, mas como a tia-avó Lydia que me deu a foto nada comentou, fica a dúvida, se bem que ela se parecia muito com ele, o que é comum filhas se assemelharem ao pai.


Tio-avô João Carlos quando jovem, com o mesmo bondoso olhar.


Os treze filhos da tia-avó Olga Franke Barum e de seu esposo Gervasio Rodrigues Barum, noras e genros e alguns netos.


Filhos homens da tia-avó Olga, primos e amigos de meu pai.


Dando um pulo no tempo... as elegantes primas Barum-Franke-Silva-Irume (sobrenomes de solteiras), no casamento de uma delas, em 14.01.66.


Na mesma ocasião, primos Baruns reunidos e, dos Frankes, Luiz e eu.



Olhem a tia Lucia jovem, e a pose diante do rádio!!



Prima do meu pai, a saudosa Ceci, grande pessoa, filha da tia Lucia, em pose de artista da década de 20 (fotos da família cortesia de Luiza Pestano, neta de Ceci, que vive em Brasília).



Tias-avós Lili e Lydia, exibindo sapatos feitos pelos irmãos sapateiros Arthur e Roberto (foto gentileza da bisneta Larissa Venske Lysakowski)


Tio Carlos com tio Irumé e filhos

Tia Lili, tão natural, caminhando em uma praça do Rio de Janeiro, em visita aos seus irmãos que lá viviam, Mario e Lydia.


Tio-avô Mario com a irmã Lili e a sobrinha Ceci, certamente em um passeio à Ilha de Paquetá (não me lembrava de que o tio era tão alto!). Tia Lydia certamente foi a fotógrafa, pois estava junto.


Filhas e genros da tia Lili, Neuza e Luiz, Maria Ignez e Paulo, mais a Daly (pena que não tenho foto do Darcy, o simpático primo-tocaio de meu pai!)


Entre meu irmão e eu, o primo de meu pai Fernando Franke Irumé (Rio, 1969)


O tio Roberto, o querido tio silencioso de que me lembro.



Que gostava de viajar eu sabia, idem que gostava de grandes caminhadas (como as que fazia com meu pai na Serra dos Órgãos, no RJ), idem que era inventor... mas que escalava montanhas no Rio, nunca soube! Tio Mário gostava de nos chamar de "lafranhudos"!



Tio Mário visitando Pelotas e o lugar da saudade de sua infância: os trilhos! Com o sobrinho Darcy  e as sobrinhas Maria e Neuza.




Anos 70... viagem do tio-avô Mário Franke à Europa.

Avô Germano Luiz Franke na festa de suas bodas de prata, tendo ao lado minha avó, Alayde Barcellos  Franke, e rodeado de seus filhos e primeira nora, minha mãe. Meu avô era um típico alemão, inclusive na cor azul dos seus olhos. Tendo-se casado com minha avó, descendente de açorianos da Ilha Terceira (tenho toda a genealogia dela, em livro), seus quatro filhos "puxaram" o lado português fisicamente.


Meu pai, Darcy Franke, menino, adolescente e em foto de 1935 dedicada à "sua noivinha", minha mãe.

Bonitos irmãos: Darcy, Dalva, Dulce e o caçula Delmar, que completa no mês de junho  85 anos! Foto tirada no dia do casamento de meus pais, em 1936.


Meus pais, Darcy e Ida (Medeiros) Franke, em foto de seu primeiro ano de casados (todas as decorações em fotos foram feitas com carinho por meu irmão mais novo). Os olhos verdes, grandes e fundos de minha mãe passaram para alguns de seus filhos e netos, inclusive para minha filha, muito parecida com ela quando jovem. 

Meus pais, antes de os filhos chegarem.


Famíla passeadeira, desde o tempo dos Fords-de-bigode (na foto, meus avós, pais e primos dele), na década de 30.  Sobre o "espírito luterano" citado na primeira foto, meu pai contava que certa vez o carro do seu pai parou de funcionar quando se preparavam para voltar de um piquenique. Ambos, então, voltaram a pé para a cidade para poderem chegar na hora no emprego no dia seguinte, não importa que a sola dos sapatos tivessem ficado inutilizadas e certamente parte da sola do pé. (Na foto, a prima de meu pai e seu esposo, os simpáticos Ruth e Francisco Macedo)

Depois, no final da década de 40, veio a lancha de meu pai... coragem da família entrar nela e navegar pelos rios e arroios de Pelotas! Acho que quem passava segurança era o tio-avô Carlos, que era o "chauffeur" da lancha. No remo, o tio Ney Salles Ávila, marido de tia Dalva. Eu estou com a mão na água, simbolizando muitas viagens à vista no futuro distante...

Foto oficial dos 50 anos do Curtume Julio Hadler S/A., em 1945. Na primeira fila, meu avô Germano, meu pai Darcy e, no fim da fila dos que estão sentados, o tio-avô João Carlos. Poucos anos antes, a firma sofrera a ação dos vândalos que perpetraram o quebra-quebra a tudo que pertencesse a alemães, durante a Segunda Guerra Mundial (ver link, um passeio nostálgico pelas ruas de Pelotas em março de 2012).


Obituário de nosso avô, falecido em 08.02.50, antes mesmo da sua mãe Adolphina, citada.

Meu pai, meu irmão Pedro e eu servimos no Nono Regimento de Infantaria, em Pelotas-RS.


Meus saudosos pais no casamento da filha mais velha, minha irmã Norma com Adroaldo Nebel (janeiro 1960). (Aparecendo ao fundo, o primo Gerson Barum quando menino, atualmente empenhado em fazer a árvore genealógica da família Barum, em preparação). 


Foto tirada no dia em que completei 20 anos (06.10.63), diante da nossa casa na Av. Bento Gonçalves, 455. O autor do projeto de nossa bela casa foi o tio engenheiro, Dr. Delmar Barcellos Franke.


Quando tia Lydia mudou-se para o Rio de Janeiro, além da lacuna que deixou no coração de muitos, levou consigo a alegria da criançada da família quando a visitava, o macaco de brinquedo que girava a cabeça com o auxílio de um arame.


Quando trabalhei em Brasília-DF, em 1971, apressei-me a convidar tia Lydia, que morava no Rio, para visitar-me. Gostou tanto - e todo o pessoal do Exército de Salvação dela também - que resolveu estender a sua estadia por mais semanas! A Kombi com o escudo do ES, à esquerda, possibilitou mostrar a ela todos os principais lugares da então bem moderna capital. Na pequena foto, quando jovem, parecendo uma estrela de Hollywood dos anos 20.


19.04.71... naquele dia escrevemos um postal para meus pais em Pelotas. Ternas recordações...como a letra dela e seu jeito de ser.


Primos Frankes (Clarisse e eu), Baruns (Leone e filhas) e Socorro, que também se tornou Barum, reunidos na Padaria Ritz, em Brasília, do primo de meu pai, Alfredo Barum. Tia Lydia gostou muito de visitar este lugar, propriedade de seu sobrinho, local onde eu fazia muitos lanches - não os "filava", mas pagava - e aproveitava a bater papo rápido com ele ou com a bonita Irene.


No grande jardim do Exército de Salvação de Brasília, na L2 Sul.


Meu pai e seu irmão Delmar e irmãs Dalva e Dulce, com os cunhados Dirceu Treptow e  Terezinha (mais filho Pedro e sobrinhos). Foto de 1969. 


Filhos dos saudosos Lygia e Darcy Cassal (Foto de 1992).

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Antes do término - onde posto foto de minha família - cabe aqui outras interessantes de parentes e amigos dos nossos antepassados, bem como alguns documentos interessantes :


Das fotos as quais tia Lydia me presenteou, lembro-me perfeitamente do que disse a respeito dessa: "Ele era irmão de papai e elas são minhas primas."



Família Lipp... sem maiores detalhes, mas certamente amigos da família de João (Adolfo?) Franke, haja vista a dedicatória no verso da foto (fotos melhoradas por meu cunhado Carlos Ferrer, marido da Neiva, que também o fez na acima, do seu tocaio tio Carlos, que estava muito danificada).


Há alguns anos, um primo distante, que vive em São Paulo, nos "descobrimos" na Internet.  Sua bisavó, Elizabeth Franke (Kirsch), sentada entre seus familiares, é prima dos meus tios-avós pelo lado paterno, conforme o nosso elo comum, precioso elo, abaixo:

JOHANN KARL FRIEDRICH FRANKE e MARIE MARGARETHE JUNG, que são pais, entre outros, de:
              1.1.4         Philipp Karl Franke, evangélico, negociante, n. 28/3/1843, em São Leopoldo (Bom Jardim), c. aos 39 anos de idade, em 15/10/1882, no Portão, Freguesia de Nossa Senhora da Piedade, 2º Distrito de São Leopoldo, c. Adolphine Ebling, evangélica, n. 22/6/1865, de Estância Velha, filha de Johann Ebling e Katharine Schreiner (ou Scherer).  Padrinhos do casamento: Jakob Franke e Peter Scherer.  Residentes em Pelotas.  Em 1893, Philipp Karl estabeleceu uma cervejaria em Pelotas, na "Rua 25 de Março esq. Manduca Rodgs", produzindo a "Lager-Bier".

              Filhos: Lydia (n. 1899), Germano (n. 1890), CarlosRobertoLúciaAlbertoOlgaArthur, Lili Mário.

              1.1.6       WILHELM FRANKE, evangélico, agricultor, n. 5/2/1850 em São Leopoldo e b. 7/4/1850 em Estância Velha (padrinhos: Friedrich Wilhelm Röse, Peter Jung e Luise Rübening), mudou-se em 1872 para o Mundo Novo (Três Coroas), f. 26/12/1917, "após longo tempo de enfermidade", em Três Coroas, e sep. 27/12/1917 no Cemitério da "Johannes Kirsche".  I.c., em 30/10/1870, em Santa Maria, c. ANNA MARIA KELLERMANN, evangélica, n. 25/5/1848 no Mundo Novo, f. 3/12/1890 e sep. 4/12/1890, no Cemitério de Santa Maria, aos 42 anos, vítima de "influenza", filha de Friedrich Kellermann e Maria Engelbach.   II.c., aos 42 anos, na Igreja de Média Santa Maria, c. a viúva Caroline Schilling, nascida Steyer, n. 21/4/1858, em Fortaleza do Mundo Novo, f. 28/6/1939, em Igrejinha, onde foi sep. 29/6/1939, filha do imigrante, colono e trabalhador rural Philipp Jakob Steyer e de Luise Deuner.  Padrinhos do segundo casamento: Leonhard Müller e Heinrich Kötz.  Consta do registro de falecimento de Wilhelm Franke que do primeiro matrimônio nasceram 6 filhos, dos quais 2 se suicidaram.  

Pois bem, Wilhelm Franke e Anna Maria Kellerman são pais da minha bisavó Elise:
ELISABETH FRANKE, "Elise", evangélica, n. 19/10/1875, em Média Santa Maria, onde foi b. 5/12/1875 (padrinhos: Johann Kirsch e Elisabeth Kirsch), f. 23/11/1960, com 85 anos de idade, c.c. CARL KIRSCH, evangélico, colono, n. 29/4/1866, em Santa Maria, f. 3/3/1951, com 84 anos de idade, em Novo Hamburgo.
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Com minha mulher Anneli Hämäläinen-Franke e nossos filhos, a mais velha, Deborah, casada com Rodrigo Miranda, à direita; a segunda, Martta, casada com Leandro Vargas da Silva, à esquerda; o caçula, Aaron, casado com Flávia Pacheco, no meio. As filhas vivem na Finlândia conosco e o filho no Brasil. Temos ao todo 7 netos, número da inteireza, quatro meninos e três meninas; quatro nascidos no Brasil e três na Finlândia; três vivendo neste país onde nasceu a vó Anneli e dois em breve mudando-se com os pais Leandro e Martta para a Suécia; além de dois no Brasil - todos, filhos, genros e netos, com dupla nacionalidade, menos eu e a mulher, que permanecemos brasileiro e finlandesa.


Deborah (acima), Martta (abaixo)


Deborah e Martta são, igual aos pais, oficiais do Exército de Salvação, na Finlândia bilíngue Pelastusarmeija em finlandês e Frälsningsarmén em sueco, daí o PF na gola, nada a ver com as minhas iniciais...; Aaron é leigo e músico na nossa igreja.



E o sobrenome Franke continua... Na foto recente, no Jardim Botânico de São Paulo, meu filho e o único netinho com o sobrenome abaixo:


Fato curioso é que três das quatro filhas mulheres da família de Carlos e Adolphina Franke tiveram filhos - uma delas treze! - enquanto que dos seis filhos homens somente meu avô foi pai, que por sua vez teve duas filhas mulheres e dois homens, responsáveis, portanto, pela continuação do nosso belo sobrenome alemão.

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Curiosas também as menções ao nosso antepassado que veio para o Brasil, constantes no livro "O Biênio 1824-1825 da Imigração Alemã no Rio Grande do Sul (Província de São Pedro)", de Carlos H. Hunsche.




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Decorando nossa sala, um belo copo que foi presente no casamento de meus avós Germano e Alayde,  há cerca de 100 anos (meu pai nasceu em 1913).



No livro que Deus me deu a oportunidade de escrever, dedico uma meditação (veja link) ao relógio abaixo, que foi também presente no casamento de meus avós:




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L i n k s

YouTube de Pedro Franke cantando e mostrando filme de seu avô, Darcy Franke (muitos parentes, crianças e adultos, podem ser vistos):

http://www.youtube.com/watch?v=jNgV7TXHBOM

Em março de 2012, visitando novamente Pelotas-RS, certo dia fiz minha jornada nostálgica pela Avenida Bento Gonçalves e pelas ruas transversais que foram cenário da vida de nossos antepassados (leia minhas impressões e veja minhas fotos).

http://www.paulofranke.blogspot.com/2012/04/pelotas-rs-pelos-caminhos-da-saudade.html

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Agradeço aos parentes pelo interesse na leitura das três postagens - e respectivos links - sobre nossos ascendentes e também pela divulgação a quem da nossa família ainda não as leu, mesmo àqueles que não acessam a Internet (torne possível isso levando-os até o seu computador ou o seu laptop até  eles). E sejam bem-vindos a deixar um comentário após as respectivas postagem.

 aBRaço apertado a todos daqui da distante FInlândia, e que Deus abençoe a cada descendente de Carlos e Adolphina Ebling Franke!

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