Paulo Franke

28 setembro, 2012

VI. EDIMBURGO... Curiosidades... Miscelânea. FINAL


Sexta parte - Final

A Escócia = A escolha!


Há escolhas mil como sugestão de visita à Escócia, assim você é forçado a selecionar o que faz o seu gênero. 
Há um ditado que diz que ir a Roma e não ver o papa é algo inconcebível... Idem ir à Escócia e não beber whisky... Bem, já fui ao Vaticano e não vi o papa e fui à Escócia e não bebi whisky... Vi, sim, lojas de bebidas, ouvi falar do super visitado "Museu do Whisky", ouvi barulho de garrafas de whisky compradas por turistas, também em sacolas no hostel, e por aí vai, mas não senti vontade nenhuma de sequer molhar meus lábios com a bebida mais típica do lugar.



Com sede naquele início de noite, entrei, sim, em um típico pub escocês, e pedi Coke, que veio com limão em um copo da Pepsi, e foi só. Mas, por favor, não me censurem os inimigos dos refrigerantes... bebo uma garrafinha no máximo uma vez por semana.


De repente, esta postagem final vai tratar de "o que escolhi não visitar enquanto na Escócia"... Por exemplo, uma turnê  que muitos fazem é ao famoso Lago Ness, a somente 4 horas de viagem ao noroeste do país. Não fui lá também: economizei energia - pois dizem que se gasta muita no passeio de 8 horas - e meu bolso gostou. Ir a um lugar daqueles para ouvir a história de um monstro que aparece de quando em quando, pura atração turística, não faria o meu gênero.




Gastei energia, sim, caminhando e apreciando prédios, vitrines, miscelâneas e curiosidades mil. Olhem este "Beco dos Estábulos do Rei"!!



Muitas lojinhas de antiguidades não me passaram despercebidas.


Mais do que sugestivo, este porquinho-cofrinho é tamanho escocês, grande!



Andando pelas ruas você de repente se depara com história pura: nesta esquina aconteceu a última execução pública de Edimburgo. Ali perto, em uma tour grátis de rua - muitas!! - vi uma guia mostrando ao vivo como a corda da forca era colocada no pescoço ... e sempre havia voluntários para  servir de condenado.


O Yoda na parte lateral de uma velha igreja me fez parar... Estranhamente pairando, sem base nenhuma, atrai a curiosidade e há os que querem espiar por debaixo de sua longa veste... pra receber um golpe de sua espada.



Muitas das atrações turísticas da cidade estão ligadas a assombrações, turnês a castelos lúgubres cheios de fantasmas e coisas do gênero. Foram locais que decididamente não visitei.



Na parede de um pub, a história do cidadão executado que leva o seu nome. Os interessados podem ampliar a foto e tentar ler.


O inofensivo Frankenstein mereceu duas fotos, mas não adentrei o local que, afinal, não sei se é um bar, um restaurante ou o quê.


A campanha eleitoral do Brasil me veio à mente. Desenho do Facebook.



A propósito, há quanto tempo não via urtiga!!!



Cheguei a entrar e dar uma olhada à volta neste "Centro Escocês do Contador de Histórias".



As muitas lojas de trajes típicos escoceses atraem a atenção e, parece mentira, há turistas homens que compram os kilts, como são chamadas os saiotes escoceses masculinos ou femininos.


Alguns estão pendurados do lado de fora de lojas turísticas...


Outros, atrás de vitrines de lojas sofisticadas.



Não para turistas, mas para natives de classe média alta ou rica.




Prova isso o encontro do grupo antes de entrar em um local de festas. O kilt é um traço marcante da cultura e identidade do país, que surgiu no século XVI. Cada clã ou família tinha um tipo de quadriculado no kilt, que identificava os seus integrantes. Pelo jeito, os homens do grupo pertencem ao mesmo "clã" e, pelo que entendi, os kilts voltaram a ser populares no dia-a-dia do povo e não somente em eventos tradicionais festivos.


O argentino que atende os fregueses em uma dessas lojas finas me deu permissão de fotografá-lo. Impressionante o idioma espanhol falado pelas ruas!


Gaitas de foles típicamente escocesas são vendidas e parece que compradas!




Escoceses que tocam nas ruas são ativos mas também precisam de um break!


Este me lembrou o "Zaqueu"...


Mais imaginativo, este anda pela calçada enquanto toca perto do castelo.


Mesmo com chuva, naquele último dia voltei à Fonte Ross...


Hora de fotografar alguns amigos do hostel, como, por exemplo, este atencioso francês de Marselha.


E com este casalzinho amigo, alemães de Dresden, foram longas as conversas. Ela é cantora e ele toca violino em uma orquestra-coral que inclusive está de viagem marcada para se apresentar no Brasil.


E assim chega a hora de fechar o portão de mais uma viagem...


E como gostei desta viagem! Obrigado, Senhor, por ela! A propósito, a "Valsa da Despedida" (Auld Lang Syne), em outros países chamada de "A canção do Ano-Novo", é original da Escócia (veja link abaixo).


Feito o check-out do hostel, sobrava-me muito tempo. Aí veio a boa idéia de visitar Glasgow... Veja minha primeira postagem desta série.
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 Voos baratos têm seus inconvenientes, o que para mim já não afetam: 
partem tão cedo pela manhã que na da maioria das vezes precisa-se dormir nos bancos do aeroporto para estar na hora do check-in, geralmente às 04h00 da "madrugada". E com este voo de volta não foi diferente.


E assim chego ao aeroporto de Tampere, cidade finlandesa que fica a 2 horas de onde vivemos. E no pequeno aeroporto fotografo um avião russo gigante. 


Chegando na cidade, tomo o ônibus para Hämeenlinna (Castelo de Häme).


Ôpa, será que tomei o avião errado e desembarquei na Rússia?? Não, na curta distância até a rodoviária, passo pela igreja ortodoxa russa de Tampere, uma oportunidade de fotografá-la.

xxxxxx

E chegando em casa, hora de desfazer a pequena mala com as pequenas coisas que comprei:


Chá preto escocês para a mulher, biscoitos amanteigados sobre vidros de geléia escocesa que se compra aqui e que não quis jogar fora... de limão e de gengibre.


A saudade dos anos 70 e 80 me fizeram adquirir no duty-free desodorantes Brut e Old Spice. Não sei se ainda são fabricados no Brasil... mas na velha Escócia por certo que sim!


O livreto sobre o patriotismo escocês se pudesse transcreveria no meu blog de tão interessante! Quanta coisa que usufruímos na vida moderna, fiquei sabendo, é originária da Escócia!!


Comprei um cachecol escocês para o friozão que se aproxima mais e mais da Finlândia!


Embora pouca atenção dê à minha antiga colecão de latinhas vazias de Coke ultimamente, não poderia deixar de guardar estas, clássica, diet e zero, comemorativas das Olimpíadas.


E de passar em uma agência de correios para adquirir a colecão de selos também  das recentes Olimpíadas em Londres. À esquerda, o selo das Olimpíadas anteriores, de 1948, ano em que nasceu minha esposa.


Enquando eu viajava à Escócia, ela visitava nossa filha Martta e família, transferidos para o Exército de Salvação (Frälsningsarmén) da Suécia recentemente, nomeados como oficiais dirigentes do Corpo de Södertälje e morando em Estocolmo.


E voltando para casa depois de somente 8 dias fora, vejo nas árvores - e na hera que cobre a esquina de nosso prédio - as cores do outono que chegou tão rapidamente...

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Links

O famoso hino "Amazing Grace", pela Royal Scots Dragoon Guards... não deixe de escutar:

http://www.youtube.com/watch?v=M8AeV8Jbx6M&feature=related

A história de Auld lang syne - "A valsa da despedida", a mais conhecida canção escocesa:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Auld_Lang_Syne

Paul McCarthney canta e uma banda de gaitas escocesas se aproxima...

http://www.youtube.com/watch?v=K5626WzsfMw

Escute o difícil sotaque escocês:

http://www.youtube.com/watch?v=1vgBZPdWL3U&feature=fvwrel

A história do escocês Thomas Cochran, que  ajudou o Brasil a se tornar independente (há uma rua no Rio de Janeiro com o seu nome, Almirante Cochrane, na Tijuca):

http://pt.wikipedia.org/wiki/Thomas_Cochrane


THE END

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22 setembro, 2012

V. Iate Britânia, que vi no Rio, hoje museu em EDIMBURGO.

Quinta parte

Corria o ano de 1968 e eu dirigia nossa obra em Campos-RJ. 
Um dia voluntariei-me ao então chefe divisional, Major Manoel Luiz Mello, para, quando houvesse necessidade, servir de intérprete a salvacionistas internacionais que visitassem o Rio de Janeiro. (Uma boa oportunidade de viajar para a Cidade Maravilhosa, onde vivia uma saudosa tia-avó que me hospedava, unindo assim o útil ao agradável.)



Naquele ano visitou o Rio de Janeiro a Rainha Elizabeth II. Foi a vez do magricelo da foto receber o telefonema do chefe convocando-o para servir de cicerone a dois salvacionistas grandões que faziam parte da banda do Real Iate Britânia.


Quando os levei para visitar a Brig. Oliver, uma missionária inglesa das pioneiras no Brasil. Na foto, a filha Yvette e sua família.



Lembro-me de ver o Iate Britânia ancorado no Botafoto e iluminado à noite, mas não vi a rainha, só em revistas da época e neste selo que cuidei de adquirir. Anneli, porém, a viu acenar para a multidão em um dos aniversários  reais na década de 60, quando vivia em Londres.


Os dois músicos a quem mostrei o Rio de Janeiro - e com quem visitei uma antiga oficial pioneira inglesa do ES no Brasil, em Niterói - no Natal seguinte enviaram-me um cartão de Natal do iate, hoje uma relíquia.


Quarenta e quatro anos se passaram desde que tive aquela experiência tão interessante! Quando planejei a viagem a Edimburgo incluí na visita o agora museu do Real Iate Britânia, ancorado em Leigh, para onde me dirigi simplesmente tomando um ônibus de linha, uma facilidade!


Estranhamente, a entrada para o museu fica no segundo andar de um shopping center, o Ocean Terminal.



Comprado o bilhete de entrada, antes mesmo de o adentrarmos, já iniciamos a ver fotos históricas do iate, onde a rainha recebeu muitos visitantes internacionais como Eisenhower, Gandhi, Reagan, Mandela etc.



Sem entender bem, passa-se por esta cabine de comando...


Uniformes dos membros da banda real, quem sabe usados pelos dois salvacionistas. Como nunca os vi in duty, não me lembro dos instrumentos que, disseram-me, tocavam. Soube, há alguns anos, que o loiro da foto continua tocando seu instrumento no Corpo do Salvation Army que frequenta.


E no corredor fotos importantes ligadas ao Britânia.


Foi onde passaram a lua-de-mel o príncipe Charles e Diana, também a princesa Margareth e o marido.


Príncipes William e Harry certamente curtiram o iate.


"A princesa Diana quebra o protocolo real ao correr ao encontro de seus filhos a bordo do Britânia, em Toronto, 1991."


Geracões da família real a bordo - pela data, foto do ano em que o Britânia foi vendido e passou a museu em Leigh, o que fez a rainha derramar lágrimas diante das memórias que tinha do iate, inaugurado no mesmo ano em que foi coroada, 1953.


E de uma grande janela, terminada a mostra de fotos, enxergamos o iate. Uma reforma ocorreu no convés onde a rainha acenava à chegada em algum porto... "a bem das saias reais", contam.


Seguindo as setas e de posse de fones de ouvido - escolhi o canal em português - o visitante percorre cada canto do iate.


A cabine de comando merece uma foto com certeza...


Em uma vitrine no convés, o Rolls Royce usado pela rainha inícialmente ao desembarcar nos diversos portos. Mais tarde, utilizou carros providenciados pelos governos dos respectivos países que visitava.


Ser fotografado aqui é tradition. Uma funcionária do museu...


... é responsável por esta tarefa, cabendo ao visitante só posar e sorrir.


O lugar, com vistas para o mar, onde a rainha gostava de relaxar e ter o seu breakfast.


O quarto da rainha com cama de solteiro... Talvez perguntem como eu aos meus botões: e onde dormia o Duque de Edimburgo, seu marido?



Em um canto, o rei Jorge, pai da rainha. Gostei da homenagem!


E ao lado um adorno de grande beleza.


A sala de jantar dos oficiais do iate.


E a sala de jantar da rainha e das personalidades que recebia a bordo.


Muito luxo! 


O escritório da rainha. Teria servido o sofá azul para uma siesta no meio do trabalho?


A sala principal do iate, como todo o mobiliário, da década de 50.


O piano de cauda que tanto foi usado para entretenimento da família real e dos seus convidados.


As lanchas que eram utilizadas para transportar a realeza e seus convidados...


... junto ao iate, fazem parte do acervo do museu.


A bandeira do Royal Yacht Britannia tremula na proa do navio-museu...

... enquanto que as bandeiras do Reino Unido e da Escócia na popa.


Em 2009 foi adicionado ao museu um Tea Room para que o visitante tome um típico chá inglês com bolo. Dispensei, mas me lembrei de que o chamado pelos gaúchos queque (há no Aurélio a palavra) deriva-se da palavra inglesa cake=bolo. Em vez do chá, preferi comprar uma caneca para a minha já abarrotada estante de souvenirs (para a Anneli trouxe uma caixa de chá preto escocês).


Bule, xícara, prato e guardanapos comemorativos aos 60 anos de reinado da rainha.



Valeu a expectativa, valeu visitar o Britânia! Recomendo a quem visitar a imperdível Edimburgo!


Voltando, no primeiro andar do ônibus, a Lady Di, cuja foto ainda se vê em muitos lugares...


... sempre lembrada, também como sinônimo de elegância.


A rainha e o Duque de Edimburgo em fotos de duas épocas.
Foto :Facebook, Criacão Criativos

"Paulo, tu que és fã da realeza"...
 já me disseram isso, o que me fez pensar: "Não sou inglês, então por que seria fã da realeza?"
Tento explicar as razões sentimentais por trás do que parece ser "fã da realeza britânica". A realeza desde que me "entendo por gente" foi motivo de conversas de meu saudoso pai, notícia na revista "Cruzeiro" e em outras, em tempos quando nem havia TV no Brasil, sem faltar com o respeito, assim como a Coca Cola, outro antigo brand. Aqui está um admirador, sim - também um às vezes crítico - que gostaria que a rainha Elizabeth, que passou por "anos tenebrosos" na década de 90, conforme suas próprias palavras, agora na sua idade fosse poupada de novos problemas que sua família tem dado ou "aprontado" ultimamente. Isso, sim!


Quando passei por Long Beach, no ano de 1981, meu colega mostrou-me o  hoje hotel "Queen Mary" que, li, para atrair hóspedes inventaram que há noites em que "aparecem fantasmas"...

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L i n k s

Minhas quatro viagens a Londres:


Na postagem abaixo, você verá as jóias que o presidente Getúlio Vargas presenteou à rainha quando foi coroada, selos antigos do Reino Unido, as nupcias reais etc




E de certa forma, dentro do contexto de serem ingleses:

O Exército de Salvação e oTitanic


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Próxima e última postagem da série:

Edimburgo... Curiosidades... Miscelânea... Final

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