Paulo Franke

30 junho, 2014

1a Guerra Mundial, há 100 anos...e o Exército de Salvação estava lá!



Grande popularidade atingiu o The Salvation Army como resultado de seu trabalho na Primeira Guerra Mundial. Centenas de salvacionistas, fala-se em 500,  foram escalados dos Estados Unidos para trabalhar no front de guerra na França. A Comandante Evangeline Booth, filha dos Fundadores, dirigia a obra naquele país e de lá conseguia meios financeiros para sustentação da arrojada missão além-mar.
O diretor dessa missão de guerra foi o Tenente-Coronel William S. Barker, que viajou de Nova York em 30 de junho de 1917 para pesquisar a situação na França. Com uma carta de recomendação, avistou-se com o embaixador americano na França de quem obteve a permissão para ir avante com seu nobre projeto.


Amavelmente conhecidas pelas roscas que assavam, grandemente apreciadas pelos soldados, elas também preparavam tortas de maçã e outros doces. Algo tão simples, no entanto tornou-se um símbolo de tudo o que o Exército de Salvação estava fazendo para amenizar as durezas para os rapazes que lutavam na linha de frente da batalha. No "front salvacionista" eram realizados cultos, concertos e também consertos de roupas, além de entrega de kits de higiene pessoal. Ainda que o trabalho das doughnut's girls tenha sido o mais difundido, ao preparar a massa e assar milhares de roscas para os soldados no front - fazendo-os lembrar o lar distante - alguns oficiais atuaram também como capelães no local e nos hospitais de campanhaA Liga Naval também ajudou famílias a localizar seu ente querido e depois da guerra a acompanhá-las nos muitos cemitérios de guerra. Essa missão foi por décadas lembrada com afeição e reconhecimento.

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Durante a Segunda Guerra Mundial o mesmo tipo de trabalho ficou conhecido como "Escudo Vermelho" (Red Shield), e foi iniciado logo após o Dia-D, acompanhando os aliados à medida que avançavam nos territórios conquistados - o escudo apareceu em todas as cantinas salvacionistas, que também providenciavam albergues e clubes para os soldados.

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 Finalizando estes comoventes relatos históricos - que poderão ser ampliados através do Google em inglês - publico a poesia  encontrada no bolso da jaqueta de um soldado desconhecido, morto durante a Primeira Guerra Mundial, e que apareceu em muitos exemplares de o "BRADO DE GUERRA"...

JAMAIS FALEI CONTIGO

Ouve-me, Deus... jamais falei contigo...
Hoje quero saudar-te. Como vais?
Sabes, disseram-me que não existias
E eu, tolo!, acreditei que era verdade.

Nunca em tua obra reparei.
Ontem à noite, da trincheira aberta
Por granadas, vi teu céu estrelado
E eu compreendi que me enganaram...

Não sei se estreitarás minha mão...
Vou explicar e me compreenderás...
Muito curioso, neste inferno horrível
Encontrei uma luz para ver tua face!

Faremos a ofensiva à meia-noite,
Porém não temo, sei que tu vigias...
O sinal... bem, Deus meu, é forçoso ir-me!
Apeguei-me a ti... Quero dizer:

Talvez esta noite chamarei à tua porta...
Não fomos muito amigos...
Mas... deixar-me-ás entrar se a ti eu chegar?
Mas... bem vês que estou chorando...

... vês, Deus meu!
Ocorre-me que já não sou tão mau...
Bem, Deus, preciso ir; boa sorte é raro,
Porém agora já não temo a morte.



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L i n k s

Duas postagens ligadas ao serviço militar:

28 junho, 2014

5. Copa... filme "Fuga para a Vitória", com Pelé, já assistiu?


Fuga para a Vitória (Escape to Victory) é um filme americano de 1982, do gênero aventura, dirigido porJohn Houston.
Chamou muita atenção na época do lançamento porque dele participaram algumas estrelas do futebol, como Bobby MooreOsvaldo ArdilesKazimierz Deyna e Pelé.





O filme relata a vida de prisioneiros aliados que são internados em um campo de prisãonazista durante a Segunda Guerra Mundial.
Em um campo alemão de prisioneiros de guerra, o major Karl von Steiner (Max Von Sydow), que no passado havia sido jogador daseleção alemã de futebol, tem a ideia de fazer um jogo entre a Alemanha e uma seleção composta pelos prisioneiros aliados, liderados pelo capitão John Colby (Michael Caine), um militar inglês que era um conhecido jogador de futebol. Colby também teria a tarefa de selecionar e treinar o time, para enfrentar o time alemão no Estádio Colombes, que fica próximo à Paris. Enquanto os nazistas, com exceção de Steiner, planejam fazer de tudo para vencer o jogo e assim usar ao máximo a propaganda de guerra nazista, os jogadores aliados planejam uma arriscada fuga durante o intervalo da partida. Estrelando também Sylvester Stalone (com agradecimentos à Wikipédia)

Parte final:

O jogo:

https://www.youtube.com/watch?v=cJBAFXeQFC8
 

27 junho, 2014

A gaúcha MARIA DELLA COSTA em 4 Atos.



Nos anos 50 quem era importante ou famoso aparecia na capa das revistas "O Cruzeiro" ou  "Manchete", e era através delas que a gente tomava conhecimento do que se passava no mundo, em todas as áreas. A bela gaúcha, filha de italianos, Maria Della Costa, foi frequente nas capas dessas revistas.

I

Filha de imigrantes oriundos de Veneza, a atriz, empresária e ex-modelo  , Gentile Maria Marchioro Della Costa Polloni, ou  Maria Della Costa, como ficou conhecida, deve receber, nesta quinta-feira  (12), a Comenda Por do Sol, da Câmara Municipal de Vereadores de Porto Alegre. 
Atriz, empresária e ex-modelo, Gentile Maria Marchioro Della Costa Polloni nasceu em em 1º de janeiro de 1926 em Flores da Cunha (RS), filha de agricultores vindos de Veneza. Começou a carreira como modelo, aos 14 anos, e, pouco tempo depois, foi imortalizada em obras dos artistas plásticos Vitor Brecheret, Di Cavalcanti, Flávio de Carvalho, Djanira, Guanabarino e Noêmia Cavalcanti.
No teatro, Maria estreou na peça A Moreninha, de 1945, sob a direção de Bibi Ferreira. Casada com Fernando de Barros, passou três anos em Portugal onde estudou arte dramática no Conservatório de Lisboa. De volta ao Brasil, uniu-se ao grupo Os Comediantes, com quem montou espetáculos como Terras do Sem Fim, Inês de Castro e Vestido de Noiva. Em 1948, criou a Companhia Teatral Popular de Arte.
Em outubro de 1954, com o segundo marido, Sandro Polloni, Maria inaugurou o próprio teatro, no bairro paulistano de Bela Vista. O Canto da Cotovia, de Jean Anouhil, sob a direção de Gianni Ratto, foi a primeira peça encenada no local, que recebeu produções de importantes autores teatrais, entre eles Gorki, Sartre, O´Neil, Zola, Lorca, Arthur Miller, Brecht, Ionesco, Guarnieiri, Nelson Rodrigues e Plínio Marcos. Em 1978, o Teatro Maria Della Costa foi comprado pela Associação dos Produtores de Espetáculos Teatrais do Estado de São Paulo. (Google)

E mais isto:
Ao visitar Nova York conhece o autor Arthur Miller e dele traz, para comemorar os dez anos de seu teatro (1964), a famosa peça Depois da Queda. Texto autobiográfico, cuja ação se passa na mente de Quentin (Paulo Autran), a peça faz uma autoanálise do seu comportamento, o dos amigos e o das três mulheres com quem viveu: uma intelectual interpretada por Márcia Real, uma jornalista vivida por Teresa Austregésilo e uma artista, Maggie, inspirada em Marilyn Monroe, que foi casada com Miller, papel entregue à Maria Della Costa. Dirigida mais uma vez por Flávio Rangel, seu desempenho como Maggie/Monroe é aclamado por público e crítica, e sua presença magnetizante em cena assemelha-se à imagem glamourosa e sofrida da personagem real. Google)

Grande dama do teatro, Maria também atuou no cinema e na televisão. Participou das telenovelas Beto Rockfeller, Estúpido Cupido, Te Contei e Sétimo Sentido e dos filmes nacionais Inocência, A Vida do Aleijadinho, Moral em Concordata e O Signo do Escorpião. Com o diretor italiano Camilo Mastrocinque filmou Areião. 

II

Os textos acima por certo interessarão leitores que gostam de teatro, ou mesmo a quem já assistiu a alguma peça desta gaúcha, dama do teatro, o que não foi o meu caso. 
Conheci Maria Della Costa por acaso, isto sim! Eu trabalhava no setor de contabilidade na firma onde meu pai fora vice-diretor por muitos anos, o Curtume Julio Hadler, em Pelotas-RS. E certo dia, por deixar meu setor que sabe para tomar um cafezinho, vi no balcão esperando ser atendida Maria Della Costa, a quem reconheci imediatamente. Conduzia-a e ao seu acompanhante à "expedição", que expedia couros para o Brasil inteiro, inclusive para os bancos dos carros da Willys Overland do Brasil, em São Bernardo do Campo-SP. Mas Maria estava interessada em comprar tapetes de couro, que eram expostos e vendidos no mesmo setor do curtume. Mostrei os de gado holandês e de gado Hereford, mas quando soube do preço, achou-os muito caros e acabou desistindo de comprá-los. Como nunca fui "vendedor", certamente faltou-me argumentos para convencê-la a fazer a compra. Quem sabe se outro funcionário a tivesse atendido...


Lembrei-me deste episódio que relatei quando, no ano passado, vi curiosamente, não no chão, mas no teto de uma churrascaria argentina em Amsterdam, um desses couros que tínhamos em casa e que eram vendidos no "curtume". 


Na última vez em que estive na minha terra natal, fiz uma longa caminhada nostálgica e cheguei à "carcaça" do que foi o imponente Curtume Julio Hadler S/A, firma onde trabalhou meu avô, tios-avós, meu pai - que de office-boy chegou a sub-diretor - e mesmo eu, meu irmão e minha irmã, que trabalhamos no escritório. O curtume foi também alvo dos vândalos durante o quebra-quebra contra firmas alemãs durante a Segunda Guerra, acarretando-lhe grandes prejuízos, acontecimento que meu pai presenciou e nos contava em detalhes, aguçando a minha curiosidade infantil, talvez por ter nascido em 1943.

III




Quando nos casamos, em 1973, tive o meu primeiro aparelho de televisão, que minha noiva trouxera com sua bagagem dos Estados Unidos, dela, realmente, mas no casamento "juntamos nossos trens". Nomeados para trabalhar no ES, na fria cidade portuária de Rio Grande-RS, instalamos nossa TV no quarto e assistíamos aos programas debaixo das cobertas. Até hoje me lembro, rindo, do "controle remoto" que fiz com o auxílio de dois cabos de vassoura emendados, para evitar sair da cama para mudar de canal. Lembro-me de que a novela "Estúpido Cupido" foi mostrada pela Rede Globo, em preto-e-branco, começando no ano de 1976. Foi a vez de rever Maria Della Costa como uma mãe e dona de casa da década dos anos dourados da década de 50 (Veja o link abaixo as famosas Lambretas da época).
Meu cunhado contava-me que a novela, que fez muito sucesso, teve tomadas de cena na sua linda cidade, Lins-SP, que tenho visitado perto de 15 vezes - também ultimamente sempre que vou ao Brasil - pois é a cidade onde mora minha irmã, casada com um linense.

IV

Outro irmão viveu muitos anos em Parati-RJ e o visitei algumas vezes.


Em 1992, Maria Della Costa abandonou a carreira para administrar seu hotel, o "Coxixo", em Parati (RJ). Na última vez em que estive em Parati, minha esposa e eu decidimos "dar uma espiada" na pousada de Maria, com pena de não a ter encontrado para cumprimentá-la na ocasião. 



Assim, admirei-me ao ler um dia: "A atriz Maria Della Costa acaba de vender o Hotel Coxixo, em Paraty, por R$ 2 milhões – precinho de cidade grande! A pousada sempre foi considerada uma das mais simpáticas e charmosas do local."


Maria em foto do acervo do Hotel "Coxixo".

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L i n k s



A propósito de Lambretas e Copa do Mundo, acontecendo no Brasil enquanto faço esta postagem, insiro a foto do popular veículo dos anos 50 com figurinhas de jogadores coladas, da loja COPA, de Amsterdam, nas proximidades da Churrascaria Argentina citada anteriormente.

http://www.paulofranke.blogspot.fi/2012/06/lambretas-vespas-motos-hold-on-your-hats.html

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Próxima postagem:

Mais uma ligada ao assunto Copas do Mundo (veja à direita ao acessar o blog as já publicadas).

24 junho, 2014

4. Copa de 1958... O estádio de Råsunda reuniu os craques antes de ser demolido...

Onde você estava durante a Copa do Mundo de 1958?...
Este subtítulo não vai "funcionar" para a grande maioria dos meus leitores, pois responderiam: "Eu nem havia nascido!"
Mas eu me lembro muito bem do jogo da vitória... eu estava fazendo exame de meio de ano no ginásio. E o homem que trabalhava no colégio e que nos "vigiava" estava tão empolgado que ia para a janela gritar de alegria a cada gol da Seleção. Enquanto isto, os colegas na sua maioria ficavam "colando"... (Desculpem-me se o termo não é mais este, mas a verdade é que eu não "colei", disso eu me lembro). 
Ah! idos de 1958!!












Copa do Mundo 1958



A Federação Sueca promoveu nesta terça-feira (14.08.12) o encontro entre os finalistas do confronto Brasil x Suécia que decidiu a Copa do Mundo de 1958. Os ex-jogadores se reuniram no mesmo Estádio Råsunda, palco daquele jogo histórico, no dia 29 de junho.
Pelé, Zito, Pepe e Mazzola, os brasileiros presentes, vestiram a camisa da Seleção Sueca. Foram abraçados de maneira emocionada pelos adversários de 1958.(Wikipedia)

Trata-se, naturalmente, de uma postagem que já apareceu no meu blog1. Tendo trabalhado no ES por um tempo na Suécia, minha filha Martta e o restante da família passaram quase um ano em Gramado-RS e novamente voltaram para a Finlândia, onde vivem agora na capital Helsinki.


Fotbollstadion Råsunda, em Estocolmo, foi aberto em 1937 e fechado este ano. Em novembro p.p. começou a demolição do histórico estádio onde o Brasil jogou e ganhou a primeira Copa do Mundo, em 1958. Em agosto houve a partida final naquele estádio, que reuniu jogadores do Brasil e da Suécia, com o resultado de 3x0 para o Brasil. (foto Leandro Vargas da Silva)

O genro gaúcho Leandro, transferido para a Suécia naquele mês, embora recém-chegado ao país, não deixou passar a oportunidade e levou seu filho para assistir ao jogo. Na foto, com uma gremista  de Porto Alegre.


No metrô de Estocolmo, o netinho exibe o ingresso para a histórica partida.


E, para o avô fotografar, em casa vestiu o cachecol comemorativo, que usa para se proteger do frio ao ir à nova escola em Estocolmo.


Ulf, o filho sueco de Garrincha, estava presente à ocasião também histórica e comentou sobre a participação de seu pai, que não conheceu, na Copa de 1958.  Através do Google, veja outras reportagens sobre Ulf, inclusive sua viagem ao Brasil para visitar suas irmãs, o Clube Botafogo etc. Alguns anos antes, visitei uma amiga gaúcha na cidade sueca de Halmstad, onde Ulf reside.

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Próxima postagem:

Maria Della Costa em 3 atos

E logo, mais uma relacionada à Copa do Mundo.

22 junho, 2014

"A Faixa que me Desenfaixou" / Os 3 Diretores / o Impactante Filme




De repente me veio a idéia luminosa de contar novamente a história de como ingressei no The Salvation Army... 
Não fazem refilmagens/remake?
Então, vamos lá!

Um dos passos para isto aconteceu naquela fria e sombria tarde gaúcha, em 1961. Com amigos no cinema, sem saber do que se tratava o filme noir a que iríamos assistir, em um sentido seu tema, à medida que o enredo se desenrolava, aumentava ainda mais a minha desmotivacão pela vida, que era minha companheira, aos 17 anos, pois era um filme de ficcão científica que retratava o fim do mundo... Com amigos ingressava na vida "normal" para muitos jovens, que incluía muito whisky e vodka, cigarros "Minister" e diversão, ainda que isso não bastasse para preencher o vazio que eu sentia no meu coracão. Hoje imagino que, se drogas fossem popular naquele tempo, eu seria um forte candidato a ser um drogado, mas gracas a Deus era algo de que nem ouvíamos falar, quando muito em filmes, outro hobby que me ocupava bastante.


Aí estou no único baile de carnaval em que participei... alegria comparada a um flash que estourava e se apagava instantaneamente.
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Dois outros passos os quais Deus usou para transformar minha vida estão na primeira postagem sobre o mesmo tema 
(Quando, como e por que ingressei no ES ?(ver link))

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Este foi o filme a que assisti naquela tarde sombria do inverno gaúcho, 
A HORA FINAL (On the beach):



Seu diretor, o americano Stanley Kramer - foto abaixo e link sobre ele no final desta postagem - baseou-se no livro do escritor australiano, Nevil Shute, e fez as locações do filme na cidade de Melbourne, com algumas interessantes - e abençoadas - adaptações...




O diretor escolheu para o seu filme um elenco de primeira classe: Gregory Peck, Ava Gardner, Fred Astaire e Anthony Perkins, entre outros.


A adaptação mais relevante que fez foi convidar membros do Exército de Salvação da cidade de Melbourne, Austrália, para participarem das cenas finais do filme de 1959. E em uma grande reunião ao ar livre tocam seus instrumentos e pregam uma mensagem de esperança ao povo em desespero por aproximar-se da Austrália a nuvem radioativa que havia exterminado a civilização em todos os outros continentes.


E no final do filme, alcançando a nuvem também a Austrália, como resultado da explosão de uma bomba, a placa "Ainda há tempo... irmão!" continuava lá, balançando agora ao vento contaminado da cidade completamente deserta, como as demais cidades do mundo na ficção de Nevil Shute.
Aquela frase me impactou de tal forma que, saindo do cinema, declarei aos meus amigos: "Um dia eu entrarei para este Exército de Salvação que existe não só na Austrália, mas também na nossa cidade!" (risos deles!) E se admiraram de que eu não quis acompanhá-los ao bar, o que sempre acontecia depois de irmos ao cinema. "Ainda há tempo, irmão!" foi uma mensagem mais do que oportuna e direta ao meu coração desmotivado, como uma bomba que explodira no meu interior, não para destruição mas para edificação!



Enfaixado pelo pecado e afastamento de Deus, aquela faixa do filme "desenfaixou-me", como aconteceu na ressurreição de Lázaro por Jesus, narrada no capítulo 11 do evangelho de João.
Ressurreição de Lázaro
Mosaico do século IV na igreja deSant'Apollinare Nuovo, em Roma (Wikipedia).


Em 1962, então, de fato tornei-me soldado do Exército de Salvação no Corpo de Pelotas-RS e no mesmo ano soldado do Exército Brasileiro. Dois anos depois, ingressava no Colégio de Cadetes em São Paulo (foto acima).


Passando para outra "cena" do filme de minha vida, em 1973, antes de me casar, cursei o Colégio Internacional para Oficiais em Londres. Certa noite no curso era a de "Conte a sua história!" (Tell your story!). Quando chegou a minha vez, contei o episódio do filme "On the beach", citando naturalmente a mensagem-esperança da faixa "Ainda há tempo, irmão!", que me havia atingido em cheio.
Finalizando a minha palestra-testemunho, o diretor do Colégio, Comissário Albert Mingay (o quarto, sentado, da esquerda para a direita na primeira fila) quis falar... E contou-nos que no ano de 1959 era o chefe do ES na Austrália-Sul e certo dia o diretor Stanley Kramer foi ao seu escritório em Melbourne para solicitar a presença de salvacionistas reais no filme que rodava naquela cidade. Albert Mingay consentiu e assistiu às locações do filme com a presença dos seus salvacionistas emprestados.


Na ocasião o líder salvacionista fez a sugestão de que causaria maior impacto a cena se sobre os salvacionistas fosse colocada uma faixa com os dizeres "Ainda há tempo, irmão!" O diretor Stanley Kramer concordou e a faixa acima foi providenciada. 
 E a mensagem da faixa do filme rodado no sul da Austrália reverberou e me alcançou em um cinema, no outro extremo-sul do mundo, em Pelotas-RS! Como Deus trabalha de forma maravilhosa e precisa!


O filme de minha vida, no contexto de "A Hora Final", ainda não chegou ao The End... No final dos anos 70, o diretor do Colégio de Cadetes  (seminário), Carl S. Eliasen, na foto com sua esposa Mary, assumiram a liderança do ES no Brasil. E um dia deu-me a notícia estonteante que me enviaria a Melbourne, Austrália, para aprender técnicas editoriais no ES local. Ele encontrara o então líder daquela parte do mundo em uma conferência e fizera-lhe o pedido de enviar-me para um estágio, tudo pago pelos ricos australianos, tendo em vista a minha próxima nomeação! Vibrei, naturalmente!


Certo dia, no meu escritório no departamento editorial do Quartel do ES em Melbourne, o fotógrafo do jornal The War Cry, sabendo que minha história incluía o filme, falou-me "Coloque o seu quépe e vamos dar uma volta aqui perto! A poucos quarteirões de onde estamos foram tomadas as cenas finais de On the Beach"... "Mundo pequeno!" comentei, e logo estávamos diante da Flinders Street Station (foto), onde ele quase me cansou de tanto fotografar-me! 


E não deu outra... no próximo número da edição australiana de o "Brado de Guerra", apareci na capa, com minha história, que repercutiu pelo mundo salvacionista.


Uma oficial inglesa tomou conhecimento através da publicação australiana e escreveu o seu próprio testemunho no The War Cry inglês,  contando que fora alcançada também através do mesmo filme, artigo que transcrevi em um dos primeiros jornais que produzi.


E no meu primeiro número como redator de o "Brado de Guerra - contra todo o mal", naquele início de ano de 1982, imediatamente ao voltar da Austrália, introduzi-me aos leitores com esta história.

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L i n k s

A "primeira versão" = Como, quando e por que ingressei no ES:












"O Julgamento de Nuremberg" (primeira filmagem) outro filme do diretor Stanley Kramer que muito admiro. Nas fotos, Richard Windmark e Judy Garland e Stanley e Richard (Spencer Tracy, Burt Lancaster e Marlene Dietrich também estão no elenco). Tenho o DVD e estive no local do julgamento, conforme minha postagem abaixo:

http://paulofranke.blogspot.fi/2008/07/de-trem-pela-europa-4-nuremberg.html


Saiba mais a respeito do diretor Stanley Kramer

https://www.google.fi/?gfe_rd=cr&ei=gWWmU8CWM-fJ8geNiIHYBQ#q=diretor+stanley+kramer
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The last but not the least...


Na foto, uma mensagem para você que, quem sabe, ficou "atolado" como este barco e não sabe como desvencilhar-se... 
Deus quer fazer um milagre de salvação na sua vida também! Lance o seu SOS, que significa "Save our Souls" (Salve nossas Almas) e com fé aguarde o Seu livramento.

20 junho, 2014

3. COPA... Estádios que conheci pelo mundo afora!


Eu pensava que havia assistido a esta partida acima no Maracanã com meu filho, mas ele me corrigiu: assistimos a um Fla-Flu, também da despedida do Zico do Brasil, no mesmo mês de fevereiro de 1990, antes de embarcarmos para a Finlândia. Estávamos em um apartamento no Grajaú cedido gentilmente pelo pastor-médico-cantor Paulo Cesar Brito. Tendo levado a família para conhecer as Cataratas do Iguacu, quis levar meu filho ainda criança para conhecer o maior estádio do mundo, que víamos da janela do nosso apartamento emprestado.



... Seria algo de que nunca ele esqueceria na vida, entrar no estádio Mário Filho e assistir a uma partida, como de fato nunca se esqueceu, conforme nossa conversa pelo Skype no domingo passado.



E ele acrescentou algo mais: em vez de comprar a entrada para a arquibancada, enganei-me e comprei para a geral!! Estávamos, em pé, diante dos jogadores em ação, mas sujeitos a "recebermos" tudo o que fosse objeto lá de cima, o que felizmente não aconteceu. Lembro-me somente de centenas de rolos de papel higiênico sendo atirados das arquibancadas na geral e mesmo no campo. Este dois rolos de fato não dizem respeito ao Maracanã e ao Maracanãzinho, embora pareçam, mas aos papéis como "Neve" embranquecendo todo o verde campo!



Quando trabalhei em Brasília, no início dos anos 70, gostava de encher a Kombi do ES de jovens e sair a fazer campanha evangelística ou mesmo passear. Quando visitamos Belo Horizonte, o jovem Pedro Moulin e o saudoso Eldsmond Cândido mostraram-nos o Mineirão.



Em 1978 conheci o estádio Wembley, em Londres, onde foi realizado o grande rally do Congresso dos 100 anos do nome Exército de Salvação/The Salvation Army. As demais atividades do grande evento foram no Teatro de Arena de Wembley, Royal Albert Hall e em diversos outros locais.



Trabalhávamos em Portugal naquele ano, assim fotografei antes do grande rally no estádio Wembley colegas participantes do Brasil, Finlândia (sem imaginar que um dia viveríamos neste país onde nasceu minha esposa) e mesmo o casal Grangeia, de Lisboa, que Deus tem abençoado com uma  vida longa!



Vivendo em Lisboa, passava de "carrinha" ou de "autobus" pelo estádio do Benfica (De uma amiga daquele tempo:
Esse estádio de 1978 já não existe mais, deu origem ao estádio da Luz. Quando foi o Euro 2004 organizado em Portugal tivemos que construir muitos estádios novos, mas é no mesmo lugar e do mesmo clube. Tereza)



No estádio do Morumbi, em São Paulo, não assisti a nenhuma partida de futebol, mas a campanhas evangelísticas de Billy Graham e de Jimmy Swaggart.


Estádio do Pacaembu, que me traz lembranças de somente passar por ele muitas vezes, ouvindo a Jovem Pan no rádio da... Kombi.


Em anos mais recentes, viajando ao Brasil pela Ibéria, fiz um tour pela belíssima Madrid e naturalmente foi-nos mostrado, não me lembro do palário real, mas sim o Real Madrid.


E no início deste ano, viajando pela primeira vez aos países do Plata, na turnê em Montevidéu vi o estádio Centenário, perto da famosa Carreta, que me chamou mais a atenção do que o estádio em si (veja uma notícia muito interessante ligada a este estádio no final desta postagem!).

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The last but not the least


O estadio do Clube Pelotas ou Boca do Lobo é conhecido desde meu tempo de menino, pois fica na Av. Bento Gonçalves, onde minha família morou durante muito tempo. A foto é atual e pode-se ver à esquerda a Igreja Luterana e a Praça Julio de Castilhos, onde brincávamos; à direita o quartel da Brigada Militar e o McDonalds!


O estádio Bento Freitas, do EC Brasil de Pelotas-RS, fundado em 1911, que conheci muito bem e pelo qual torcia. Meu colégio fazia ginástica às vezes neste estádio, aliás, jogava futebol e no time um desastrado de primeira: eu.


Uma amiga que foi radialista conseguiu-me esta foto histórica. É bem provável que tenha sido este
exato time que fez uma proeza digna de ser assistida no video abaixo: o G.E. Brasil, de Pelotas, venceu a seleção do Uruguai em um amistoso no estádio Centenário, em Montevidéu, meses antes de esta ter derrotado a seleção do Brasil (não é trocadilho, não, é fato!).










Distintivo conhecido desde a infância, mas do que aconteceu em 1950, na inauguração do Maracanã, quando eu tinha 7 anos, eu nunca tinha ouvido falar!!

Curta o vídeo narrado de forma entusiasta por Leo Batista:

https://www.youtube.com/watch?v=aG1u4CsuvP4


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Selo comemorativo da Copa de 1950, quando o Maracanã foi inaugurado e o Brasil perdeu para o Uruguai...

(veja outros selos de Copas do Mundo em postagem recente... ver Índice de todos os meus tópicos)