Minha mãe, IDA MEDEIROS (da Costa/Salles) FRANKE, amanhã faria 100 anos!

03.06.1914 (+22.03.1992) 03.06.2014

Nome pequeno de uma grande mulher, minha mãe! 

E vivendo na Escandinávia, surpreendo-me em ver meninas pequenas de língua sueca com este nome, inclusive a melhor amiga de minha neta bailarina!

O brasão da família Medeiros.

Um precioso livreto sobre a família escrito por seu avô, Laudelino da Costa Medeiros. O sobrenome Da Costa me será motivo de pesquisa para uma nova postagem, pois tanto este bisavô-escritor quanto minha bisavó, sua irmã, levaram o nome, historicamente um nome judeu, dos cristãos novos.

Meus pais antes de se casarem.

Tendo se casado em 1936, esta foto é do primeiro ano de casamento.

Meu pai-com-cara-de-artista-de-cinema perdeu os cabelos, como alguns de seus antepassados alemães. Minha mãe nunca perdeu a doçura de seu olhar. Seus olhos grandes e verdes chamavam a atenção. Meu pai tinha olhos castanhos escuros mas todos nós, filhos, "puxamos" aos olhos verdes da mãe. Na foto eles na grande festa que fizeram para o casamento de nossa irmã mais velha, falecida no ano passado.

Organizada, registrou na sua agenda em língua francesa - idioma que estudou, além de ter sido formada em contabilidade - detalhes do nascimento e batizado de cada um dos cinco filhos. (Igreja protestante = Igreja Anglicana Episcopal de Pelotas-RS)

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Dentro de sua Bíblia, que ficou comigo - também a de meu pai - encontrei este texto, um dos mais bonitos que, na minha opinião, tem sido escrito sobre Mães. Não é fácil descrevê-la ou mesmo escrever sobre ela, ainda que tenham passado 22 anos desde que nos deixou. O poema do bispo Ramón Angel Jara traduz o que vai no meu coração e me poupa de fazê-lo...

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Considerando que meu pai, que a amava muito, faleceu com 64 anos, considero que minha mãe ficou viúva cedo, não tendo comemorado suas bodas de ouro.

Ela, como sempre elegante, diante de um armário construído por meu pai, um de seus muitos passatempos (leia link abaixo).

Sem envaidecer-me, mas usando de franqueza, considero que fui um bom filho. Visitei a casa paterna praticamente a cada ano, desde que fui para São Paulo cursar o seminário salvacionista, em 1964.

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Quando da primeira etapa de nossa vivência na Finlândia, de 1990 a 1993, um dia senti imenso desejo de visitá-la, em vista de que em dois anos não a visitara. Em janeiro de 1992 viajei para o Brasil e passamos juntos um mês na nossa cidade natal. Foi um tempo maravilhoso, quando passeamos juntos, fomos a restaurantes, conversamos e rimos muito. Ela estava bem e voltei para a Finlândia tranquilo com isso e feliz por ter ido, sem imaginar que fora a última vez que a encontrara... No dia 22 de março de 1992, menos de dois meses depois, recebi o telefonema de minha irmã no meio da noite, comunicando-me de que nossa querida mãe havia falecido. No dia seguinte, minha família me viu chorar um choro convulsivo... provindo do fato de que não mais receberia as suas cartas semanais, que tanto significavam para mim. Tenho-as guardadas comigo até hoje... (brinco que podem colocá-las no canto do meu caixão)

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Quando me foi pedido - cinco anos depois, já vivendo em São Paulo - escrever um livro devocionário - Edificação Diária - dediquei o dia 03 de junho para homenageá-la: 

longev-IDA-dade

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L i n k

Em 2013 escrevi sobre o centenário de meu pai:

http://www.paulofranke.blogspot.fi/2013/07/meu-pai-hoje-faria-100-anos-dia-dos.html

IDA... querIDA vIDA... partIDA dolorIDA...

No entanto, louvo e agradeço a Deus pela mãe que eu tive!

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