Paulo Franke

17 julho, 2015

Meu encontro inusitado com ANATOLY (NATHAN) SHARANSKY em Jerusalém.

Revendo e Refazendo...
(um trecho não legível)




Estou lendo neste verão o livro acima, que me foi presenteado pela autora, uma amiga do Facebook que conheci pessoalmente na visita que fiz ao Museu do Holocausto em Curitiba, no mês de maio (foto), a convite de um outro amigo conhecido de longa data, o Henrique Soares.




Em dado momento da apaixonante leitura - que altamente recomendo mesmo contendo experiências fortes da vida de seu saudoso pai, sobrevivente do Holocausto - na página 106 encontro menção a Anatoly Sharansky, o judeu dissidente soviético, hoje membro do Knesset e ministro no governo do Estado de Israel (leia mais sobre ele no Google.com). 

Foi ler sobre ele e as lembranças voaram até o dia quando o conheci em Jerusalém, momento inesquecível para mim!

Sharansky nasceu em Donetsk, na Ucrânia, e foi aceito para estudar no Instituto de Matemática e Física em Moscou. Em 1973 o pedido para emigrar para Israel lhe foi negado. Foi preso pela KGB em 1977 acusado de traição e de promover propaganda antisoviética, embora nunca tivesse tido envolvimento com espionagem. Em fevereiro de 1986, depois de 9 anos na prisão sob duras condições e constante preocupação com sua esposa, foi liberado em troca de espiões soviéticos. Foi direto para Israel onde recebeu boas-vindas de herói.

E onde entra Paulo Franke nesta história?

Dois meses depois da chegada de Anatoly Sharanskye a Israel, por coincidência ambos estávamos hospedados no Ramada Renaissance Hotel em Jerusalém. Nas demais vezes em que fui a Israel tenho estado hospedado em hostels (albergues), porém naquela primeira vez, com um grupo de oficiais americanos do The Salvation Army, hospedei-me em um dos melhores hoteis de Jerusalém.

Certa vez no hotel entrei no elevador e encontrei Anatoly Sharansky! Tão emocionado fiquei - pois já lera a respeito do herói, que se constituía a matéria mais repetida na mídia - que me esqueci de apertar o botão que me levaria para o segundo andar, onde ficava o meu quarto. Na subida apresentei-me como um brasileiro que amava os judeus. Chegando ao andar dele, o último do hotel, pedi-lhe um autógrafo. Só que eu não tinha no momento nem papel nem caneta. Ele, no entanto, deixou-me segurar o elevador, foi até o seu quarto e escreveu em um papel sua dedicatória e assinatura. Agradeci muito e desci para o meu próprio andar, imaginando o susto que ele levara com aquele encontro com um desconhecido, mesmo assim tratando-o com tanta cortesia!